Aulas continuam suspensas por falta de professor

Alunas do Monteiro Lobato: 'queremos aula' (Fotos: Cássia Santana / Portal Infonet)

Nas escolas, a informação é que os professores se comprometeram com diretores para regularizar o calendário escolar com o retorno das aulas para esta segunda-feira, 6, mas as aulas permaneceram suspensas porque a classe docente reavaliou e optou por aderir à greve articulada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), deflagrada no dia 23 de maio.

Foi nestas circunstâncias a situação em duas Escolas Estaduais: Monteiro Lobato, no bairro Inácio Barbosa, e Presidente Castelo Branco, no bairro Industrial. Mesmo com as chuvas, os alunos foram às escolas na perspectiva de assistir aulas. Em reforma, os alunos do Colégio Castelo Branco estão sem aulas desde o dia 14 de março e tiveram a expectativa de retornarem às aulas nesta segunda-feira, 6, conforme previsão da Secretaria de Estado da Educação (Seed). Embora com obras inacabadas, as salas de aulas ficaram à disposição dos alunos, que, esperançosos, acabaram frustrados por força da greve dos professores.

Antonio Souza não descarta novo comprometimento do calendário

De acordo com informações da direção da escola Presidente Castelo Branco, a quadra de esportes ainda não foi concluída e também uma parte da cobertura do pátio, mas estes fatores não exerceriam influência ao retorno das aulas. O coordenador pedagógico da unidade, Antonio Santos Souza, informou que os professores chegaram a se comprometer a dar início às aulas, entendendo que, naquela escola, a circunstância seria diferenciada em função da reforma que atrapalhou todo o calendário escolar. Mas na manhã desta segunda, 6, compareceram apenas quatro professores.

No Castelo Branco, a previsão é que o ano letivo de 2011 seria encerrado no mês de fevereiro do próximo ano, com aulas ministradas também aos sábados. Mas o coordenador pedagógico não descarta a possibilidade do calendário ser reformulado em função da greve dos professores que conta com a adesão da maioria.

Monteiro Lobato

Suely de Paula: surpresa com ausência de professores

Na semana passada, um carro de som circulou no Inácio Barbosa anunciando o retorno das aulas para esta segunda-feira, 6. Ali, os alunos também compareceram e ficaram frustrados. O grupo deixou as instalações da escola sob o coro de ‘queremos aulas’, numa clara demonstração de insatisfação. A diretora da escola, Suely de Paula Tavares, não sabe de onde partiu a iniciativa da propagação do carro de som no bairro, mas confessa que os professores por ela contatados, se comprometeram a retornar as aulas, mesmo a greve tendo prosseguimento. “Mas não sei o que aconteceu porque só compareceram dois”, disse ao Portal Infonet.

De acordo com a diretora, apenas um professor teria sinalizado resistência ao retorno às aulas. “E agora nos surpreende porque só vieram dois professores. Não sabemos se motivado pela greve ou por esta chuva. Mas eles tinham se comprometido a retornar às aulas”, comentou a diretora.

Cálculos do Sintese, conforme informações da Assessoria de Comunicação, indicam que a greve dos professores conta com adesão da categoria em 94% das escolas. O sindicato reconhece que há turmas funcionando em algumas escolas, mas as aulas são garantidas por meio dos professores contratados.

Os professores participarão de assembleia geral a ser realizada às 14h desta segunda-feira, 6, e, posteriormente, seguem para a Assembleia Legislativa onde ficarão em vigília. Na terça, 7, e na quarta-feira, 8, os manifestantes farão vigília na Assembleia Legislativa pela manhã e à tarde realizam novas assembleias para avaliar o movimento.

Por Cássia Santana

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