Oportunidade, formação de profissionais qualificados, estudo do Sistema Único de Saúde (SUS) e desenvolvimento da região foram os quatro principais conceitos que nortearam a solenidade de inauguração do Campus de Ciências da Saúde de Lagarto, na manhã desta segunda-feira, 14. Campus terá em 2012 os cursos de Medicina e Odondologia
Neste primeiro momento, foram inaugurados seis dos oito cursos: Farmácia, Nutrição, Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. A partir de 2012 serão abertos os cursos de medicina e odontologia, já aprovados pelo Conselho Nacional de Saúde.
Resultado de uma parceria entre o Governo do Estado e Universidade Federal de Sergipe (UFS), o campus terá o ensino voltado para análise da realidade do SUS em todos os desafios e problemas vivenciados pela comunidade e profissionais.
Vice-reitor Ângelo Antoniolli diz que metodologia é inovadora (Foto: Marco Vieira/ASN)
Segundo Ângelo Antoniolli, vice-reitor da UFS, a metodologia implantada pela Universidade é inovadora no país, pois vai atrelar a formação de recursos humanos às necessidades do usuário do SUS. “No método de ensino utilizado no campus de Lagarto, o aluno vai se deparar com problemas oriundos da própria comunidade e vai levá-lo como tema de estudo para dentro do seu respectivo curso”, disse Antoniolli.
Inserção do aluno na realidade
Para o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, a implantação do campus de Lagarto representa um passo à frente na formação dos profissionais de saúde em Sergipe. “Para a realização das aulas práticas, a UFS contará com a rede de Atenção Primária, a estrutura do Hospital Regional de Lagarto, que é um modelo para a Saúde do Governo do Estado em se tratando de estrutura, tecnologia e organização, além das Clínicas de Saúde da Família da região e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe). Tudo isso fará parte do dia a dia do acadêmico desde o primeiro ano do curso”, explicou Antônio Carlos Guimarães, acrescentando que a inserção do aluno na realidade do sistema tem como uma das consequências a melhoria da acessibilidade aos cidadãos que precisam do SUS.
Já Emanuel Messias, diretor-geral da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), explicou que o Hospital Regional de Lagarto já foi concebido com uma estrutura física adequada para receber os estudantes. “O hospital é todo horizontal e conta com espaços livres com salas para reuniões, especialidades, separações das atividades das profissões formatadas dentro do ambiente hospitalar”, disse Messias.
Oportunidade
O médico sanitarista, deputado federal e lagartense, Rogério Carvalho, é um exemplo da dificuldade de jovens estudantes para conseguir fazer um curso superior. Segundo o sanitarista, os jovens do interior tinham dificuldade para chegar até a faculdade. “Havia poucas alternativas de cursar medicina até agora e a gente tinha dificuldades econômicas para se deslocar e morar na capital. O curso de medicina é caro e se não fosse a existência de parentes na capital, eu nunca teria chegado até a faculdade”, disse Carvalho.
Além das dificuldades de se manter longe de casa, Carvalho salientou a falta de vagas na residência médica em Sergipe, o que obrigava o estudante a procurar residência médica em outros estados e fazia com que os profissionais não se fixassem em Sergipe. “Eu fui para a Unicamp fazer residência e foi outra dificuldade que tive. Aqui em Sergipe, atualmente, são aproximadamente 30 vagas para residência, e esse número deve chegar a 180. Isso ajudará o profissional a se manter no Estado”, concluiu Carvalho.
Desenvolvimento
A abertura de vagas no novo campus trará uma nova perspectiva econômica e cultural para a cidade de Lagarto e a região circunvizinha. Estima-se o desenvolvimento do comércio, valorização imobiliária e crescimento populacional para a região centro-sul sergipana.
O diretor do Campus de Ciências da Saúde de Lagarto, Mário Adriano, exemplifica como a cidade de lagarto e região poderão se desenvolver com a chegada do Campus. “A gente espera para Lagarto o mesmo desenvolvimento das cidades do interior de São Paulo quando receberam os campi da Universidade de São Paulo e Universidade Estadual Paulista. As pessoas que vierem morar na região precisarão de bens e serviços que mobilizarão a cidade para suprir essa demanda’, explicou Adriano.
A estudante do curso de nutrição, Katiane de Oliveira, sergipana de Nossa Senhora Aparecida, acha que o novo campus representa mais do que uma oportunidade de estudo. “A cidade vai crescer econômica e culturalmente, acontecerá o aumento do número de profissionais de saúde para a região e a melhoria da qualidade da assistência à saúde da população”, opinou a estudante.
Fonte: ASN
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