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Revoltados, alunos fizeram um ato de protesto em frente à instituição (Fotos: Portal Infonet)
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Alunos do ensino noturno da Escola Estadual Jackson de Figueiredo foram pegos de surpresa com a notícia de que a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) havia sido suspensa na instituição. De acordo com os alunos, a orientação dada pela coordenadoria da escola foi de que eles procurassem outras unidades, mas o fato é que as unidades indicadas alegam não ter mais vagas. Revoltados, eles fizeram um ato de protesto em frente à instituição na noite desta terça-feira, 19.
Jonathan Hora, integrante da União Sergipana dos Estudantes (USES), revela que a situação poderá fazer com que muitos alunos abandonem os estudos. “A maioria dos estudantes mora por aqui ou trabalha nessa região e sai direto do expediente para ir às aulas. A única escola com vagas disponíveis está localizada no bairro Siqueira Campos e muitos não têm condições de pagar transporte todos os dias. Ainda tem aqueles que perderão o primeiro horário por conta do horário de trabalho e do tempo que vão levar para chegar lá”, explica.
A aluna Edivânia Santos reclama da atitude da direção da escola. “Eles fizeram a matrícula normalmente e agora em cima da hora é que vem nos avisar que não terá mais aula. Está cheio de aluno chegando aqui e voltando pra casa sem aula. Infelizmente eu não tenho como pagar transporte e as escolas aqui perto não nos recebem”, lamenta a aluna que há dois anos estuda na instituição.
A doméstica Vânia Maria está entre os alunos prejudicados. “Estamos tentando resolver porque não temos onde estudar e os colégios aqui da região não estão nos aceitando. Ir para o colégio do Siqueira Campos é impossível, vamos perder o primeiro horário, pois temos que enfrentar esse trânsito do horário de pico”, comenta.
Direção
Na escola, a informação fornecida pela coordenadora que apenas se identificou como Rose é que a situação ainda não está definida. “Amanhã, 20, a nossa direção irá se reunir com a Secretaria de Estado de Educação (Seed) e com a direção da escola Severino Uchôa (Siqueira Campos) para discutir o assunto”, afirma.