Profissão Há mais de 170 escolas de medicina no Brasil. Em Sergipe, o curso é ofertado apenas na Universidade Federal, com 100 vagas anuais e duração mínima de seis anos. “Ao entrar na universidade, a maioria dos estudantes já tem uma visão do rumo que quer seguir. Pouquíssimos optam pela clínica porque priorizam uma especialização como, por exemplo, ortopedia, pediatria, neurologia ou cardiologia. Especializar-se é muito comum em nossa profissão”, diz João Augusto. Ele explica ainda que ser médico passa longe de ter o glamour imaginado pelas pessoas. “Muito dessa concepção glamurosa da medicina vem dos próprios médicos que, em muitos casos, acham que são deuses. Não há nada de glamour, mas sim de muito trabalho, estudo e dedicação. Engana-se quem pensa que médico ganha rios de dinheiro, pois estamos diante de um governo que não prioriza a saúde no nosso país. Se faltam médicos na saúde pública, não é porque a categoria não quer trabalhar no serviço público. Quem não quer ter a garantia de um emprego estável? Faltam médicos porque o governo não investe em melhores condições salariais na área da saúde”, explica. Com exigência de muita vocação e empenho, o médico pode escolher dentre uma variedade de especializações. “Existem vários ramos da medicina e alguns deles exigem muitos anos de estudo e dedicação. Para ser cardiologista ou neurologista, um médico pode levar até 17 anos”, completa João. Ele diz que para ser médico é preciso, antes de tudo, lidar com o sofrimento alheio. “Estudar a parte teórica não é a mais difícil da profissão. Lidar diariamente com o sofrimento e a morte é a parte mais crucial”, afirma João. Matérias como Anatomia, fisiologia, fisiopatologia, terapêutica e medicina preventiva são matérias essenciais para a formação do profissional de medicina. “Aprendemos os problemas, como diagnosticá-los, cuidá-los e preveni-los. Essa é a ordem natural do processo. No caso da UFS, durante os primeiros quatro anos e meio do curso há uma preparação mais teórica, com cerca de 38 horas semanais de estudo. Os outros 18 meses consistem na prática das ações aprendidas, que ocorre no Hospital Universitário e tem uma média de 60 horas semanais”, diz. Mercado João explica que há um vasto mercado para aqueles que querem seguir a carreira, mas que é preciso uma intervenção social imediata. “Médico raramente fica desempregado. Há um mercado muito vasto em todo o mundo porque saúde é um ramo muito significativo para os governos. O que falta, na verdade, é a melhor remuneração da categoria. Trabalhamos muito e queremos ganhar o justo por isso. Se não há médicos na rede pública, é falta de iniciativa do governo. Também temos nossos direitos e temos que reivindica-los. Não somos deuses e o nosso mundo não é cheio de alegrias, como muitos pensam. Reivindicamos sim, mas a sociedade precisa também exigir o direito de saúde para todos, cobrando dos governantes melhores condições não só salariais, mas estruturais para toda a categoria”, explica. De acordo com João, a área mais carente da medicina é a clínica. “Justamente a da qual a maior parte dos estudantes corre ao ingressar no curso”, completa João. Conselhos Para quem quer fazer vestibular para aérea, João diz: “Seja médico pelo que as pessoas representam para você porque a vida delas será seu grande instrumento de trabalho. Instrumento esse que deve ser manuseado da forma mais correta porque os erros são, na maioria das vezes, irreparáveis”, diz.
Há quem diga que ser médico está ligado a status social e a muito dinheiro. O clínico geral João Augusto explica que esse pensamento é um equívoco social, gerado no decorrer do tempo devido à antiguidade da profissão. Pra quem quer fazer vestibular e seguir a carreira, ele fala um pouco sobre os caminhos enfrentados pelo futuro profissional. João fala sobre profissão
Estudos
Por Jéssica Vieira e Carla Sousa
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