Casos de violência nas escolas têm precedentes culturais

Volência nas escolas tem crescido no país (Foto: Ilustrativa/ Arquivo Portal Infonet) 

Dezoito de março de 2015. Uma professora tem o seu carro incendiado em pleno pátio de uma escola estadual em Nossa Senhora do Socorro. 02 de julho de 2015. Diretora de uma escola é agredida com golpes de caneta no rosto, desferidos por um dos alunos da instituição. 12 de agosto de 2016. Aluno dispara cinco tiros contra professor na escola Estadual Olga Barreto, em São Cristóvão. Os três casos que ganharam repercussão em Sergipe, na verdade são apenas recortes da violência vivida por milhares de profissionais do ensino nas escolas de todo país – a grande maioria da rede pública. Um cenário que mostra o descontrole emocional de alunos nas situações vividas dentro da classe.

Para os especialistas em inteligência relacional, esse tipo de reação [violenta] dos alunos é fruto de um histórico cultural que varia bastante de pessoa para pessoa. “Nós [humanos] herdamos toda uma história cultural, e quando olhamos profundamente para a violência, seja na sociedade ou nas escolas, temos de considerar todas essas interferências culturais. Se trata de uma questão de ignorância, de ausência de comportamentos educativos que vem do interior da pessoa. A cultura nos empurra numa lógica de reagir a determinadas situações, e então surge o que a gente chama de atitudes violentas”, afirma Jardel Aderico. “Basicamente cada um tem uma reação numa situação de raiva, num conflito de trânsito e até numa fila de atendimento longa. E as formações culturais são determinantes para isso”, explica.

Jardel: importane compreender as causas e as formações culturais

Para nossa reportagem, o gestor em inteligência relacional explicou que esse tipo de comportamento violento e formações culturais devem ser compreendidos pelos professores como forma de reeducação. “A tendência que nós temos visto é que o educador se afasta da compreensão causa. Quando se parte para a compreensão, é possível estrategicamente com inteligência educativa e relacional, identificar essas raízes culturais que promovem as atitudes violentas e permite agir para consertar isso”, pontua Aderico.

O assunto, inclusivo, foi o tema de um Seminário da Secretaria Municipal de Saúde (Semed) ocorrido na manhã desta segunda-feira, 11, com participação de representantes das 74 escolas municipais de Aracaju. “Através dos frequentes arrombamentos das escolas, que afligem professor, que afligem nosso educando, a família e até a comunidade, percebemos que simplesmente levantar muro, contratar vigilância não dá conta. Tem uma causa mais profunda no seio da sociedade. Vamos combater além das formas tradicionais, vamos envergar também na discussão por dentro da escola, através do ensino, para promover a cultura da paz”, atestou a secretária Maria Cecília.

Maria Cecília: intensão é promover a cultura da paz nas escolas

Por Ícaro Novaes

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