Chuva alaga e interrompe aula em escola da rede estadual

Entrada do colégio alagada (Fotos: Reprodução/Whatsapp)

A falta de estrutura no Colégio Estadual Senador José Alves do Nascimento, no bairro Coqueiral, tem atrapalhado a rotina de aulas dos alunos. Durante as chuvas que caíram nos últimos dias, a escola teve aulas interrompidas, locais alagados, inclusive, alunos precisaram se arriscar saltando sobre cadeiras para entrar no colégio sem pisar nas poças d’água. A situação foi denunciada pelo grêmio estudantil da instituição.

De acordo com André Silva, secretário do grêmio estudantil, os alunos do colégio José Alves do Nascimento estão sendo prejudicados principalmente nos períodos de chuva, quando as salas gotejam e impossibilita a continuidade da aula. “É só chover forte que começam as goteiras nas salas. O professor é obrigado a parar a aula porque não tem condições de ficar no ambiente”, conta.

André: Professores precisam interromper aulas por causa das goteiras

Com a entrada do colégio totalmente alagada, alunos colocaram uma fila de cadeira para que os demais estudantes entrassem saltando e sem precisar pisar na água. Além do risco de quedas, escorregões ou outros acidentes, de acordo com André, há dois alunos com deficiência de locomoção na escola, e para entrar no colégio, precisam ser levados nos braços de outros alunos.

O Grêmio Estudantil afirmou que há algum tempo tenta diálogo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), mas apesar dos ofícios enviados, nenhuma ação para solucionar esses problemas foram tomadas.

Outros Problemas

O diretor da União dos Estudantes Secundaristas (Uses), Gerinaldo Corrêa relatou que o colégio sempre conviveu com problemas estruturais. Segundo ele, existe um déficit de funcionários que acarreta na limpeza da escola, no oferecimento da merenda e inclusive falta professores. “Está faltando professor de química e física e os alunos que farão Enem esse ano já estão prejudicados. O turno da noite está sem merendeira, ou seja, só é servido broa e suco, e durante o dia, a única merendeira que tem precisa dar conta de lavar prato, fazer comida e ainda servir os alunos”, denuncia.

Alunos saltam cadeiras para entrar no colégio

De acordo com Gerinaldo, a Uses já reivindicou na Seed medidas para solucionar os problemas do colégio, e segundo o diretor, a informação que a secretaria os passa é de que foi enviado ‘suprimento de fundos’ para a escola, mas nenhuma ação é adotada.

Seed

A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação afirmou que já tem conhecimento do ocorrido e informou que equipes técnicas foram hoje ao colégio para fazer a relação dos reparos que precisam ser feitos e nos próximos dias medidas serão aplicadas. Segundo o assessor de comunicação Elton Coelho, o mesmo tipo de serviço foi feito no fim do mês de maio, mas ele diz que o colégio é vítima constante de ações de vândalos e, por vezes, as bolas de futebol que caem no telhado quebram as telhas [há um campo de futebol nas proximidades]. Elton colocou ainda que a escola pode solicitar a Seed o fundo de suprimentos para solucionar esse tipo de reparos.

Alagamento

Sobre o acúmulo de água na frente do colégio, a assessoria de comunicação se pronunciou informando que existe um problema de drenagem na região, manutenção que deveria ser feita pela prefeitura de Aracaju. Outro fator citado pela assessoria da Seed é o fato da escola estar localizada num terreno acidentado, o que contribui para acumular água em frente à escola.

Por fim, o setor de comunicação da Seed disse que não tem conhecimento da falta de professores no colégio referido na matéria, mas garante que a Seed já solicitou a Seplag a contratação de 69 professores para capital e interior de Sergipe.

Por Ícaro Novaes