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Lourival Santos exibe a suspensão aplicada ao aluno (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Uma confusão envolvendo pai de aluno e a diretoria do colégio D. Luciano culminou com pena disciplinar de suspensão de atividades aplicada contra um estudante, de 16 anos, matriculado no primeiro ano do ensino médio naquela instituição de ensino. A medida adotada pela diretoria da escola revoltou o policial militar Lourival Santos de Jesus, pai do aluno suspenso das atividades escolares.
O militar está inconformado, avalia que a diretora da escola cometeu arbitrariedade e promete denunciar o caso ao Ministério Público Estadual. De acordo com o policial, a confusão começou quando o aluno foi barrado no portão do colégio por estar atrasado. “Eu trouxe meu filho, disse que ele estava atrasado porque estava no médico comigo, mas ela me pediu o atestado e eu questionei porque eu estava aqui presente dizendo o que realmente estava acontecendo”, revelou o policial.
Mesmo com este argumento, a diretora não teria cedido ao apelo do pai. “Ela disse que não ia permitir o acesso do meu filho porque havia outros alunos barrados e, permitindo a entrada do meu filho, teria que liberar para os outros”, observou.
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Alunos barrados na porta da escola |
O policial disse que desconhecia o tempo de 20 minutos, após o início das aulas, estabelecido pela direção do colégio como tolerância para o acesso do aluno às dependências do colégio. “Eu conversei com o vigilante, entrei com o meu filho e, quando ela viu, fez um escândalo querendo retirar meu filho do colégio de qualquer jeito”, revelou o policial.
Após o desentendimento, o pai do aluno recebeu a notificação com aplicação de pena disciplinar estabelecendo a suspensão do aluno das atividades pedagógicas por um período de três dias. “Isso é arbitrariedade, vou denunciar o caso ao Ministério Público”, reagiu o PM.
Termo de Compromisso
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Lourival tenta convencer funcionários a liberar a entrada do filho |
A diretora Marli Barreto Franco Cunha explicou o horário das aulas é das 7h às 11h30.
“Mas, a gente dá uma tolerância de 20 minutos e o pai sabia que assinou um Termo de Compromisso no ato da matrícula e eu já apresentei à Secretaria de Estado da Educação (SEED). Expliquei que vários alunos haviam chegado atrasado e que o filho dele não poderia entrar no segundo horário para que não voltasse a acontecer outros dias. Mas o pai começou a incitar os outros alunos e quando eu disse que ele estava criando uma situação muito complicada, ele pediu para conversar comigo. Quando o vigia abriu o portão, ele entrou e mandou o filho ir para a sala de aula, mesmo eu dizendo que ele estava tirando a minha autoridade”, relata.
A diretora explicou ainda que mandou o aluno se retirar da sala de aula. “E o pai começou a gritar que eu era ditadora e que deveria estar no Exército. Expliquei que se o filho dele chegar no Enem 8 horas e um segundo, não entra porque o portão já fechou e que estamos aqui na escola para educar. E ele disse que eu não educo nem meus filhos. Só que nem me conhece. Não entendo como um policial fica fazendo baderna na porta da escola. Eu dei três dias de suspensão ao aluno que entrou sem permissão, mas ele respondeu que amanhã ele vai entrar”, completa.
Por Cássia Santana
*A matéria foi atualizada às 16:26 para acréscimo de informações da diretora.
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