Cuidados na hora da escolha da melhor escola

Requisitos como estrutura física e sistema pedagógico devem ser levados à sério (Foto: Juarez Silveira/ SEED)

Início de ano é o momento em que diversos pais saem em busca de matricular os filhos na rede de ensino. Com isso, é comum aumentar a procura por matrículas nas escolas, sejam elas de educação infantil, ensino fundamental ou ensino médio.

A escolha da instituição de ensino precisa englobar diversos requisitos. Para os especialistas na área de educação, os requisitos vão desde a estrutura física, qualidade no ensino e o sistema pedagógico oferecido.

Pensando nisso, a equipe do Portal Infonet conversou com a presidente do Sindicato dos Professores da Rede Particular do Estado de Sergipe (Sinpro/SE), Rainilda Pereira Silva, que sugeriu algumas dicas que poderão nortear os pais na hora da escolha pela instituição a qual melhor deverá atender os anseios dos pais e da criança.

Um dos pré-requisitos, segundo Rainilda Pereira, para a escolha da unidade de ensino é a qualidade da instituição. “Primeiro os pais que querem botar o filho na escola particular, eles devem levar em conta a qualidade da escola, o histórico, a responsabilidade com o aluno e que os gestores sejam idôneos”, informa Rainilda Pereira.

Rainilda Pereira diz que a qualidade do ensino deve ser fundamental

Uma visita à escola também é fundamental durante esse processo de escolha. “O pai e a mãe devem conhecer primeiro a escola, fazer uma visita, ter uma conversa com a direção, coordenação ou com aquele que estiver lá para informar melhor sobre a escola. Circular pelo ambiente, saber o que serve na cantina, verificar se o aluno deve levar o lanche de casa ou se a escola oferece lanches naturais”, afirma Rainilda.

Proposta Pedagógica

O tipo de metodologia utilizada pelo professor na instituição de ensino também deve ser um dos fatores levados em consideração na hora da matrícula, seja nas escolas mais tradicionais ou não.

Pensando nisso, a diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), professora Iara Maria Campelo Lima, orienta que antes da matrícula, o pai perceba o que deseja para o futuro do filho. “Um pai de classe média e alta ele vai procurar uma escola que tenha identidade com os seus valores, seu estilo de vida e vai procurar a que tenha as melhores condições de atender seu filho, mas o que ele quer para o filho? Um menino que apenas concorde, reproduza, não questione, ou uma criança em busca de autonomia, conhecimento? mas isso, não se constrói da noite para o dia, é aliar o que o pai busca e o que a escola oferece”, afirma.

Já para uma mãe com condições financeiras menos favoráveis, o que importa é que o filho obtenha conhecimento, segundo acredita a professora Iara Maria Campelo. “Para uma mãe de classe econômica desfavorecida, a maior pretensão é colocar o filho em uma escola que se aprenda. Mesmo que a mãe não tenha conhecimento, ela vai querer uma escola que respeite o filho, valorize a criança, esteja preocupado não só com o cumprimento de matérias, mas com ter outros conhecimentos e a escola pública também tem como oferecer essas oportunidades, digamos que através de um teatro, apresentação de um filme ou um passeio”, conclui.

Acompanhamento

Professora Maria Iara diz que o pai deve saber o que deseja para o filho

Para o melhor aprendizado do aluno, uma instituição que abrigue poucos alunos em sala de aula facilita o aprendizado do estudante, segundo afirma Rainilda Pereira. “Tem que ver não quantidade, mas qualidade e isso requer um ônus a mais. Numa sala de aula com 50 alunos é uma condição, principalmente no ensino infantil, mas onde tem 30 é outra, já que a condição de aprendizagem é melhor, pois o professor tem como estar lado a lado e dar uma maior atenção ao aluno”, diz.

Crianças especiais

De acordo com a educadora Maria Iara Campelo Lima, para quem possui criança especial, o cuidado na hora da escolha da rede de ensino deve ser redobrado. “Hoje a legislação já obriga a escola pública ou particular a aceitar as crianças especiais e estamos vivendo outro movimento de paradigma, útil às incertezas absolutas. Não existe o menino que é mais perfeito ou o que sabe mais. A criança com deficiência intelectual ou física tem condições de aprender, ela pode não ir no mesmo ritmo que outras crianças, mas ela também pode e deve ter um nível de aprendizagem. Agora, a escola tem que se comprometer a formar esse cidadão tendo a criança deficiência ou não e a medida que a criança entra na escola, a professora também tem que ter condições para oferecer uma educação de qualidade a esse aluno”, garante.

Por Aisla Vasconcelos

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