Professores da rede municipal protestaram na Praça D. José Thomaz
Nesta quinta-feira, 15, data em que se celebra o Dia do Professor, os profissionais da rede municipal de ensino comemoraram, sim, mas por outros motivos. “Estamos festejando hoje a nossa capacidade de lutar, de se indignar contra decisões arbitrárias, contra aqueles que não cumprem o que a lei determina, e contra a desvalorização do ensino público”, declara a presidente do Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), Maria Elba da Silva.
A categoria está em fase de negociação com a Prefeitura e realizou, nesta manhã, mais uma assembléia com os professores. “Decidimos não abrir mão daquilo que conquistamos pela luta, como nosso plano de carreira. Também queremos que o piso salarial seja implantado da forma que a lei determina”, disse a professora Maria Elba, enquanto entregava flores às mulheres que passavam pela Praça Dom José Thomaz, no Siqueira Campos.
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Professora Maria Elba entrega flores às mulheres e fala da luta do magistério |
De acordo com o Sindipema, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) apresentou, nas últimas negociações, um pacote de propostas que retira direitos e conquistas asseguradas em lei.
Entre essas propostas, o achatamento da tabela salarial e a retirada de 15 dias das férias escolares. No entanto, na última rodada de negociações, a PMA teria prometido apresentar novas propostas aos professores. Um nova reunião acontece na próxima quarta-feira, 21.
“Essa nova proposta já é um avanço, apesar de ter sido o único. O governo se comprometeu a não acabar com a discussão e garantiu que serão realizadas quantas mesas de negociações forem necessárias”, conta a professora Maria Elba.
182 anos de luta
Em 15 de outubro de 1827 foi promulgada, com decreto imperial, a Lei Geral relativa ao Ensino Elementar. Ela se tornou referência aos docentes do primário e ginásio nas províncias, e tratou de diversos assuntos como descentralização do ensino, remuneração dos professores, ensino mútuo, currículo mínimo, admissão de professores e escolas das meninas. “É inadmissível que hoje, 182 anos depois, ainda estejamos lutando para que nossos direitos sejam respeitados”, lamenta a presidente do Sindipema.
Por Helmo Goes e Carla Sousa
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