Docentes e técnicos da UFS aderem à paralisação nacional

Professores e técnicos bloquearam acesso à Universidade (Fotos: Portal Infonet) 

Parte das atividades na Universidade Federal de Sergipe está suspensa desde o início da manhã desta quarta-feira, 15. Os professores e técnicos-administrativo cruzaram os braços e bloquearam o acesso de veículos na entrada principal da instituição. As duas categorias aderem à paralisação nacional contra a reforma da Previdência e durante dia se dedicam à mobilizações e protestos contra o Projeto, que já está em fase de relatoria no Congresso Nacional. Às 14h eles se unem ao ato na Praça General Valadão que reunirá diversos movimentos e categorias profissionais.

Os manifestantes prometeram desbloquear as entradas no final da manhã, no entanto, as atividades acadêmicas desenvolvidas por esses profissionais continuarão suspensas ao longo do dia. “É o primeiro grande ato de luta pra rechaçar esse movimento de tramitação do projeto da reforma da previdência. Queremos endossar essa paralisação que acontece em âmbito nacional e mostrar que a Educação está contra essa medida do governo”, pontuou Airton de Paula, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs).

O professor, no entanto, sentiu falta de uma adesão maior dos docentes. “É uma categoria difícil. Muita gente não se achar trabalhadora. O pessoal apoia, vai às assembleias e deliberam com unanimidade, mas na hora do ato não participa”, lamentou Airton, destacando que há um universo em torno de 1.500 professores na UFS.

Airton lamentou pouca adesão dos professores ao primeiro ato

A reforma na Previdência prevê algumas alterações no atual sistema de aposentadoria, como o estabelecimento de uma idade mínima e igual entre homens e mulheres, além de recalcular o valor da aposentadoria, onde só receberá seu valor integral aquele trabalhador que contribuir por 49 anos. “Asseguro que é um prejuízo completo. Uma reforma que vem para piorar o nosso acesso à previdência pública”, criticou Fábio Santos, do Sindicato dos Técnicos-administrativos da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs).

O representante da categoria dos técnicos elencou a figura de parlamentares sergipanos como essenciais nesse processo de tramitação do projeto. “Esperamos que os parlamentares do estado de Sergipe tenham o mínimo de dignidade para se posicionar contrario ao projeto, e estejam dispostos a discutir com a população quando forem convocados. Já não basta o projeto ser antidemocrático e ter sido discutido e negociado somente pelo alto”, pontuou o sindicalista. 

Reforma da Previdência

Em fevereiro desse ano o Portal Infonet produziu uma reportagem mostrando as mudanças propostas pelo Projeto de Lei e a análise de um economista em cima dos números da Previdência. Reveja aqui.

Fábio, do Sintufs, vê projeto como 'caixa de maldades' contra o trabalhador 

Por Ícaro Novaes

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