Economia: profissão fundamental em períodos de crise econômica

Luiz Moura, economista do Dieese

O exercício da profissão de economista baseia-se, primeiramente, em explicar os fenômenos do mercado e da economia, seja em âmbito local, nacional ou global, através de ferramentas providas pelas escolas de pensamento econômico.

Curso

O curso de Economia, diferentemente da maioria dos cursos de Ciências Sociais, tem a duração de quatro anos e meio, em média. Além das matérias de peso necessárias para a aprovação no vestibular, Luiz Moura sugere um bom conhecimento em História Geral e do Brasil, Matemática e Estatística.

Moura afirma que ao economista é necessária a capacidade de análise multidimensional, ou seja, ter minimamente a visão do cenário econômico. “Não há necessidade de modelos matemáticos. O principal é ter sensibilidade social acentuada”, destaca o economista.

A prática profissional, entretanto, é fator principal para fornecer conteúdo ao economista. “Eu sugiro estágios a estudantes desde os primeiros meses do curso. Além disso, a criação de um embasamento teórico se dá ao ler artigos sobre economia e a visita a sites especializados”, diz Moura.

O profissional de Economia pode trabalhar em vários campos relacionados ao departamento econômico, tanto na área pública quanto privada. “No setor público, o aluno de Economia pode focar concursos públicos como os de auditor fiscal, do IPEA e do IBGE. No setor privado, o profissional pode visar os setores de análise de departamentos econômicos, como consultorias, setores bancários e finanças”, afirma Luiz Moura.

Moura afirma que uma formação profissional de qualidade do economista deve ser planejada desde o primeiro período na universidade. “Se decidir ser servidor público, ao passar no vestibular, o aluno deve procurar desde o primeiro ano estudar matérias relacionadas aos concursos públicos, como Direito Administrativo e Direito Tributário e, principalmente, treinar a escrita. Economistas normalmente não dão a importância necessária para essa área primordial no exercício da profissão”, conclui o economista.