Educação empreendedora para alunos estaduais

Diretora, Ivy Santos Soares (Fotos: Eugênio Barreto/Seed)

Preocupada com a inserção dos alunos da rede estadual no mercado de trabalho, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) vem estimulando o aprendizado do empreendedorismo em algumas escolas da rede estadual. Uma dessas é o Colégio Estadual Professora Glorita Portugal, cuja diretora, Ivy Santos Soares, participou do Encontro Nacional de Educação Empreendedora, evento promovido pelo Sebrae no período de 27 a 29 de maio em Brasília.

A escola, localizada no conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão, foi convidada por ofertar aos alunos a disciplina de empreendedorismo, matéria que ainda não é obrigatória no currículo da educação básica. A unidade de ensino começou a aplicar os conceitos de empreendedorismo em 2006 para as turmas de segundos e terceiros anos do ensino médio.

Após uma reestruturação na grade, o conteúdo passou a ser disponibilizado apenas para os segundos anos, contemplando entre 150 e 200 alunos anualmente dos três turnos letivos.

"A ideia é que os alunos possam ter um diferencial quando concluírem o ensino médio. Queremos que eles tenham oportunidade de integrar o mercado de trabalho não apenas de forma passiva, mas também de forma ativa, montando seu próprio negócio. E, ao longo desses sete anos, temos colhido resultados satisfatórios, com ex-alunos que já montaram seus negócios e outros tantos que caminham para abrir suas próprias empresas", afirma a diretora.

As aulas acontecem uma vez por semana e aplicam a metodologia dos programas Juntos Somos Fortes e Aprender a Empreender, ambos desenvolvidos pelo Sebrae, que oferece o material didático aos alunos e foi também responsável pela capacitação dos professores que multiplicam esse conteúdo.

"Alguns anos atrás, eu e outros professores da rede estadual de ensino cursamos uma pós-graduação por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação, o Sebrae e a Faculdade São Luís de França.
Através desse processo, nos tornamos aptos a levar essa abordagem para as escolas. Nossas aulas são ilustradas pelos livros didáticos e pelos vídeos, que trazem para os alunos exemplos reais de sucesso no mundo dos negócios", conta o professor de empreendedorismo, José Aldi.

Ainda segundo o professor Aldi, um grande evento é realizado a cada ano na escola para que os alunos ponham em prática a teoria estudada na sala de aula. "Ao final do ano letivo o colégio realiza a Feira do Aluno Empreendedor, que é a culminância da disciplina de empreendedorismo. Divididos em equipes, eles montam seus próprios projetos, suas próprias ideias e assim precisam criar e gerenciar uma microempresa", explica o professor.

Futura Empreendedora

Na Feira do Aluno Empreendedor do ano passado, a equipe de Ana Paula, 18 anos, à época aluna do segundo ano, destacou-se das demais ao executar um projeto bem atrativo. "Nós criamos uma boate, nos fantasiamos, vendemos pirulitos de chocolate e coquetéis de frutas. Os alunos pagavam uma taxa simbólica para entrar no local atraídos pela música, pela iluminação e pela alegria. Ao entrarem, eles recebiam uma pulseira para que pudessem sair e conferir os outros stands e voltar depois à boate. Nós nos divertimos muito e aprendemos também como bolar um produto que chamasse a atenção do público", conta Ana Paula.

Em dúvida sobre quais rumos tomar após o ensino médio, Ana Paula afirma que as aulas de educação empreendedora ajudaram-na a tomar uma decisão. "Essa disciplina foi importante, pois eu estava confusa sobre com o ramo em que eu queria trabalhar. As aulas me nortearam, abriram meus horizontes e me mostraram novas possibilidades. Hoje sei que quero atuar na área de promoção de eventos. Já estou fazendo contatos com promotores que já trabalham na área para ter uma experiência, ver como é que se faz e, mais tarde, abrir minha própria empresa", arrematou.

Programas

O Programa Juntos Somos Fortes visa dotar os participantes dos conhecimentos necessários para desenvolver um trabalho em conjunto de maneira a fortalecer objetivos comuns fundamentais para o sucesso das empresas envolvidas, reduzir custos, aumentar a produtividade, alcançar novos mercados, elevando a lucratividade e a saúde financeira dos negócios.

Já o Aprender a Empreender tem a finalidade de possibilitar aos participantes o desenvolvimento de atitudes que compõem o perfil empreendedor por meio da interação com conceitos sobre mercado, finanças e empreendedorismo.

Encontro

O Encontro Nacional de Empreendedores reuniu educadores, especialistas internacionais e reitores de universidades para discutir sobre novos rumos da educação empreendedora nas escolas brasileiras. Na oportunidade, foi debatida a importância da inserção do empreendedorismo no ensino formal e do desenvolvimento do comportamento empreendedor como parte da formação de novos profissionais.

"O Colégio Glorita Portugal participou do evento a convite do Sebrae. Dele  tiramos diversas vivências de outras instituições de ensino que têm uma aplicação real do empreendedorismo em sua grade e queremos trazer essas experiências para nossa escola", declarou a diretora Ivy Santos Soares.

Fonte: Ascom Seed/SE

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