Proposta pelo MEC, a dinâmica do Ensino Médio Inovador tem o objetivo de traçar um novo foco no cotidiano dos alunos do 1º ao 3º ano, já que a mistura dos propósitos de formar o cidadão, guiá-lo nos primeiros passos profissionais e prepará-lo para o vestibular não atenderam de forma satisfatória nenhum dos pontos citados.

A intenção do novo sistema é ampliar a carga horária de formação do aluno de 2400 para 3000 horas durante o período de formação e estimulá-lo a participar de outros tipos de aulas e atividades para que a vida escolar não se resuma apenas em matemática, português e outras disciplinas convencionais. No papel, é tudo muito bonito, mas muitos pontos ainda precisam ser revistos.

Debate

Quantidade de professores com preparo específico para atuar no Ensino Médio Inovador e as estratégias pedagógicas que deverão ser aplicadas são alguns exemplos do que ainda continua em debate. Para Isabel Ladeira, diretora da SEED, a discussão acerca da implantação desta nova modalidade educacional é muito importante.

“O Ensino Médio Inovador não é uma questão simples que a Secretaria de Educação tem a receita. A participação de todos no processo é fundamental”, fala. Para Joel Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), boa parte dos professores ainda não entenderam do que realmente se trata esta proposta.

Segundo ele, o Brasil caminha para o ensino integral, mas em Sergipe os professores ainda não têm conhecimento disso porque não são chamados para um amplo debate sobre o assunto. Joel acredita ainda que o Ensino Médio Inovador não é um projeto conservador como muitos classificam, mas ressalta que ainda falta discussão com os educadores.

Em Sergipe, 17 escolas da rede estadual já aderiram ao novo modelo de educação no ensino médio. A maioria destas unidades de ensino ficam em Aracaju.