Um estudioso do ensino brasileiro, o Professor José Fernandes Lima, ex-reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e ex-Secretário da Educação do Estado, fez um comparativo para mostrar que a educação em Sergipe não está ruim. Usou como parâmetro os índices obtidos por Pernambuco. 
Situação de Sergipe não está ruim, de acordo com o comparativo (Foto: Seed)
Por exemplo: Sergipe tem 4,15% de analfabetos na seara de meninos entre 10 a 14 anos, Pernambuco 5,7% e o Nordeste do Brasil, como um todo, 4,7%. Entre os jovens de 15 anos ou mais, o Nordeste tem 18,7%, Pernambuco, 17,6% e Sergipe, 16,3%. No atendimento, da garotada dos 7 aos 14 anos, o índice do Nordeste é de 97,7%; em Sergipe, este número é de 97,9% e em Pernambuco 96,8%. Para jovens entre 15 a 17 anos, o atendimento no Nordeste é de 81,1% mas em Sergipe este atendimento chega a 82,5% contra 78,3% de Pernambuco.
No item desempenho, Sergipe não se sai bem. No ensino de Português, o desempenho no Nordeste atinge os 23,8%, Pernambuco atinge 22% mas Sergipe fica apenas em 19,2%. No ensino de Matematica, o rendimento no Nordeste é de 20%, mas Sergipe fica com 16,9% e Pernambuco 19,5%, isto no ensino fundamental. No ensino médio, o ensino de Português atinge ao patamar de 28,1% no Nordeste, 25,3% em Sergipe e 20,7% em Pernambuco. Em matemática é que a coisa é feia: no Nordeste, a média é 6,8%, em Sergipe 8,7% e em Pernambuco, 7,3%.
Estes números podem ser até interessantes. O problema é que, quando se comparados com os números do país, o Nordeste perde feio. “E bota feio nisso”, diz o prof. Fernandes Lima. Ele é de opinião que o IDEB em Sergipe só não é melhor porque “reprova muito”.
Por Ivan Valença
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