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Na videoprova traduzida em Libras, as questões e as opções de respostas são apresentadas em vídeo |
Novidade entre os auxílios de acessibilidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, a videoprova traduzida em Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi escolhida por 1.635 participantes com surdez ou deficiência auditiva. Após a estreia do recurso no domingo, 5, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) quer saber o que os participantes acharam da videoprova.
Um questionário de avaliação no mesmo formato – com perguntas e respostas apresentadas em Libras – está disponível na página do participante do Enem, no portal do Inep. Para acessar o questionário, é preciso informar CPF e senha. O Enem 2017 teve 1.925 solicitações de atendimento especializado para surdez e 4.390 para deficiência auditiva. Além da videoprova, era possível optar pelo tradutor-intérprete de Libras, escolhido por 1.357 candidatos.
O novo recurso de acessibilidade do Enem foi desenvolvido pela comissão de assessoramento em Libras do Inep, composta por professores, pesquisadores e especialistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e outras entidades. Algumas instituições de educação superior têm usado o recurso com bons resultados nos vestibulares, entre elas, a UFSC e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mas é a primeira vez que o recurso é usado por tantos candidatos.
Funcionamento
Na videoprova traduzida em Libras, as questões e as opções de respostas são apresentadas em Língua Brasileira de Sinais por meio de um vídeo. O recurso tem o mesmo número, ordem e valor de questões da prova regular, além da garantia de qualidade e normas de segurança máxima de todas as provas do Enem. Só não foram integralmente traduzidas para Libras as questões de língua estrangeira moderna – somente os trechos originalmente em português.
Cada participante recebe um computador portátil para fazer as provas. As orientações, os enunciados das questões e as alternativas de respostas são apresentadas em Libras por meio de vídeos gravados em DVDs. O menu do vídeo é simples, fácil e autoexplicativo. Junto com o notebook e os DVDs, o participante também recebe o caderno de questões e a folha de redação e cartão-resposta. O participante pode escolher qual área do conhecimento quer fazer primeiro e pode assistir aos vídeos na ordem em que preferir. A redação deve ser escrita em português.
A prova é aplicada em ambientes especialmente preparados para garantir sigilo, autonomia e segurança. A sala pode ter até 20 participantes usando o recurso, e nela atuam dois intérpretes, três fiscais e um técnico de informática. Os intérpretes fazem a mediação entre ouvintes e usuários de Libras. Esses profissionais não auxiliam os participantes na tradução das questões da prova.
Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep