Ensino Jurídico debatido em Audiência Pública

Apesar de um número reduzido de participantes, a Audiência Pública sobre o Ensino Jurídico no Estado, realizada na manhã desta sexta-feira, 9, no auditório da antiga sede da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Sergipe, foi considerada produtiva. O objetivo foi trocar experiências e acatar sugestões quanto ao aprimoramento do Ensino Jurídico no país.

A Audiência Pública realizada pela OAB Sergipe foi uma recomendação do Conselho Federal. De acordo com o presidente da Ordem no Estado, Carlos Augusto Monteiro Nascimento, em todos os exames de Ordem sempre se apresenta como as três melhores Unidades da Federação.

“Sergipe estar em destaque não significa que não precisa melhorar nada. “O objetivo central de hoje é escutar, ouvi-los, falar o quanto menos possível. As estrelas dessa audiência pública são vocês estudantes e professores do Direito”, destaca lembrando que a finalidade do evento é ouvir os participantes.

Na ocasião, o estudante de Direito da Faculdade Pio Décimo, Alexandre Melo enfatizou a preocupação com o nível dos estudantes que entram e saem das faculdades e universidades.

“Vemos alunos totalmente ou minimamente preparados para fazer um curso de Direito. Nossa base é muito deficiente. Os vestibulares permitem acessos de pessoas que não tem o mínimo preparo e a nossa preocupação não é somente com quem está entrando, mas com quem está saindo, o que mostra o volume espantoso de reprovação no exame da Ordem, porque o problema vem lá do início. Quero parabenizar a OAB Sergipe por esse debate e lamentar que a plenária não esteja tão preenchida como devia”, ressalta Alexandre Melo.

Várias audiências estão ocorrendo em todas as seccionais do Brasil, por conta do protocolo firmado ente OAB e Ministério da Educação e Cultura no último dia 22 de março deste ano, que instituiu uma comissão paritária que vai estabelecer o novo marco regulatório do ensino jurídico. 

Por Aldaci de Souza