Ontem e hoje No princípio, o alunado da UFS tinha composição semelhante ao das faculdades que agregou: membros da elite sergipana, salvas raras exceções. “Aos poucos a sociedade foi entrando no processo de democratização, tanto no perfil social quanto no econômico”, disse a historiadora Terezinha Oliva. Hoje são cerca de cinco mil estudantes que entram para a UFS a cada ano. O número ainda é considerado pouco, mas aumentou gradativamente no decorrer destas quatro décadas. O aumento no número de vagas e de cursos possibilitou que mais pessoas, de diferentes camadas sociais, conseguissem o passaporte para a universidade. Perfil O perfil do alunado na UFS é muito difícil de ser traçado, segundo a historiadora Terezinha. “A universidade é uma instituição múltipla e muda conforme a realidade do tempo em que vive”, opinou. Através de relatos e fotografias, é possível perceber um corpo discente mais participativo e engajado em causas políticas e sociais nas décadas de 70 e 80, principalmente pelo período ditatorial o qual atravessava o Brasil. “O movimento estudantil foi muito participativo, por exemplo, no movimento ‘Diretas Já’”, relembra o reitor Josué Mudesto. De acordo com o presidente do DCE, Natan Alves, esse comportamento ativo continua. DCE O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade é indispensável quando falamos em alunos. Através dele, diversos benefícios foram conquistados e várias lideranças políticas surgiram, como o próprio governador Marcelo Déda, presidente do diretório em 82. Atual presidente do DCE, o estudante de Letras, Natan Alves, falou ao Portal Infonet sobre liderança estudantil, conquistas do alunado e perspectivas para o futuro. CONFIRA A ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DO DCE/UFS Apego à instituição Vivência semelhante tem Raquel Lima, que já está no fim do curso de Letras. “Dá um apertinho no coração deixar isso pra trás, os intervalos na grama debaixo da árvore, as risadas… Até da comida do Resun [Restaurante Universitário] vou sentir”, falou. Próxima geração Na Cidade Universitária também funciona o Colégio de Aplicação, que abriga jovens estudantes do ensino fundamental e médio. Sentado em uma árvore, Paulo Mateus, da 7ª série, já traçou uma meta para seu futuro. “Quero estudar Direito lá no prédio das Didáticas”, revelou. Amanhã, na última reportagem da série ‘UFS 40 Anos’, ilustres e anônimas personalidades sergipanas vão dar depoimentos sobre a instituição que carimbou seus diplomas de nível superior. Voltar para a matéria Especial UFS 40 Anos Por Glauco Vinícius e Gabriela Amorim
Fotografias, livros, construções e documentos históricos permitem contar uma história. Mas ela não é feita apenas de coisas “mortas”. Ela é viva, e depende muito da opinião de quem a constrói. Na terceira reportagem da série especial ‘UFS 40 Anos’, uma homenagem a um dos grandes protagonistas desta história: o aluno. Passarela do campus de São Cristóvão da UFS
De acordo com o reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho, o perfil do aluno da UFS mudou muito se for comparado o atual alunado com as primeiras turmas do final da década de 60. “Hoje se tem mais pessoas de classes baixas, trabalhadores e cidadãos do interior na universidade”, justificou. Para o reitor, o perfil do alunado mudou
Mesmo longe da militância e das causas estudantis, a aluna de Educação Física, Rebecca do Amor fala da relação de carinho que construiu semestre a semestre com a UFS. “Entrei meio assustada, e hoje olho para trás e vejo que a universidade me proporcionou amigos e momentos incríveis; quando olho pra frente, vejo a ótima profissional que serei graças à UFS”, declara. Rebecca e sua turma no pátio da UFS
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