Estudantes afirmam que escola está caindo aos pedaços

Estudantes pedem a reforma urgente do prédio (Fotos: Portal Infonet)

Salas com infiltrações, banheiros sem pias, portas e sem limpeza. Essas são algumas das reclamações dos alunos do Colégio Estadual Olavo Bilac, localizado no Santos Dumont. Cansados dos problemas que se acumulam, os alunos realizaram na manhã desta quinta-feira, 15, uma manifestação. A equipe do Portal Infonet não teve autorização para entrar na escola.

Com um carro de som, dezenas de estudantes gritaram palavras de ordem cobrando a reforma urgente do prédio e a transferência dos alunos. Os estudantes alegam que a escola não possui nenhuma estrutura para abrigar os alunos do ensino fundamental e médio. Segundo os alunos, existe o risco de desabamento na estrutura.

“O risco existe. É algo que estamos reivindicando junto aos estudantes que não aguentam mais esse descaso. No mês de fevereiro nós fomos recebidos pelo secretário Belivaldo Chagas que prometeu essa reforma, mas nada foi resolvido. De lá para cá os problemas foram acumulados”, afirma o presidente em exercício da União dos Estudantes Secundaristas do Estado de Sergipe (Uses), Jorielton Oliveira. O presidente da Uses acrescenta que a reforma da escola foi iniciada e paralisada.

Alguns estudantes foram impedidos de deixar a escola para participar do ato

Estudantes estão revoltados com o descaso

Placas mostram reforma que foi paralisada

A placa na porta da escola mostra que a obra foi orçada em mais de R$ 1 milhão. O prazo de entrega é de 240 dias, sendo que a placa não informa o início da obra.

A estudante do 7ª ano, Helen Stephanie Ferreira Silva, de 13 anos, diz que o problema é grave. “A escola está um caos, a situação é muito grave, quando chove as salas ficam cheias de água. O banheiro é todo destruído, pinchado, não tem portas, o vaso é quebrado e não tem pia”, fala.

Aos 12 anos, o aluno do 8º ano, Ariosvaldo dos Santos, transmite o sentimento dos alunos. “Essa placa que tem na porta da escola ‘Educação e Lazer’ é tudo que não existe aqui nessa escola. Estamos lutando por uma educação de qualidade, mas quando virá essa educação?”, questiona.

Indignada, Luiza Farias Santos, de 13 anos, destaca que a manifestação é sinônimo de vergonha.

“Estamos na porta da escola fazendo uma manifestação para pedir água de qualidade nos bebedouros, alimentação do refeitório sendo colocada em um local onde não tenha rato e barata, também estamos pedindo que seja feita a limpeza do mato ao redor da escola e principalmente que os alunos possam assistir aula em uma sala que não corra o risco de desabar. Essa manifestação aqui para mim é uma vergonha, estou aqui envergonhada de ter que vim a público pedir tudo isso”, desabafa a aluna do 8ª ano.

Prejuízo também para os alunos do ensino médio que temem não conseguir uma vaga em uma universidade. “Os alunos do 3º ano estão tendo aula em uma biblioteca totalmente empoeirada, cheia de fungos. A situação é horrível e com certeza isso prejudica os alunos, principalmente para nós que estamos estudando para o Enem”, fala Vanessa Rafaele.

Em relação ao Olavo Bilac a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (Seed) informa que uma equipe da Secretaria de Estado da Educação já concluiu a capinagem do Colégio Estadual Olavo Bilac.

"A capinagem foi iniciada semana passada.  A SEED já recolheu os cascalhos que sobraram da reforma executada na unidade de ensino. As obras de reforma da escola foram concluídas, mas a ampliação foi paralisada pelo fato da empresa ter desistido de dar continuidade, obrigando a secretaria a providenciar uma nova licitação para conclusão da obra. A reforma e ampliação do Olavo Bilac estão orçadas em R$ 1,3 milhão", esclarece a nota.

Por Kátia Susanna

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