Estudantes aprovam uso de laptop na sala de aula

Unidade de ensino recebeu 540 laptops (Fotos: Alejandro Zambrana/Semed)
Ter acesso ilimitado a um vasto conteúdo, romper as barreiras da comunicação e aperfeiçoar habilidades cognitivas. Essa é a nova realidade vivenciada pelos alunos, do 1º ao 9º ano, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Maria Thétis Nunes, localizada no Bairro América. A unidade escolar foi a primeira da capital contemplada pelo projeto ‘Um Computador por Aluno” (UCA), criado pelo Governo Federal. Desde dezembro, foram entregues 540 laptops com acesso à rede wireless que têm o objetivo de promover a inclusão digital e utilizar a informática como ferramenta pedagógica.

A novidade educacional vem sendo aprovada por alunos, professores e toda a equipe escolar. O número de matrículas ultrapassou a expectativa dos coordenadores e, hoje, a escola conta com uma lista de espera para novas admissões. Os aparelhos ficam à disposição dos alunos por 24h, sendo devolvidos somente em caso de transferência ou evasão escolar.

Estudantes aprovaram a novidade

Segundo a coordenadora administrativa da escola, Maria Carolina Ferreira, o uso do laptop é supervisionado de perto pela equipe de direção e professores. “Ficamos atentos ao modo como os alunos utilizam os computadores, a fim de que eles não fiquem dispersos e percam o foco sobre qual a sua utilidade. Na sala de aula, os professores direcionam a melhor forma de como utilizar o laptop, sempre de acordo com o conteúdo apresentado nas aulas”, diz a coordenadora.

Incentivo

O pioneirismo do projeto atrai a atenção de todos da unidade escolar. Inclusive, da equipe de professores que tem a possibilidade de experimentar novos recursos didáticos e interligar diferentes ferramentas de aprendizagem. Para o professor de língua portuguesa que já leciona há 18 anos,

Uso do computador possibilita aos alunos maior interação
Tarcísio Tadeu Pereira, o uso do aparelho possibilita que os alunos possam interagir de forma mais dinâmica nas aulas e aprender o conteúdo de maneira mais prática.

“Às vezes fica difícil para o aluno assimilar o conteúdo, pois os livros não possuem uma linguagem direta ou mais próxima da realidade habitual deles. Mas quando é mostrado um vídeo, um filme, uma música ou outro elemento visual que sirva como exemplo para o caso ensinado, é possível notar que eles ficam mais atentos e conseguem responder de forma satisfatória aos exercícios passados”, explica o professor.

Ainda segundo Tarcísio, o uso dos laptops em sala de aula também facilitou novas formas de comunicação e despertou a prática de pesquisa nos alunos. “Tenho notado que eles estão mais desenvoltos com o uso da tecnologia. Seja para se comunicar via email, ou para utilizar as potencialidades de pesquisa da internet, é impossível não perceber significativos avanços na capacidade de aprendizagem deles. De fato, a iniciativa da Prefeitura de Aracaju em implantar este projeto demonstra a abertura de novas perspectivas e resultados positivos na educação local”, afirma.

Inclusão

Com 512 megabytes de memória, bateria com duração de até três horas e sistema Linux, os computadores possuem editor de texto, software de apresentação e outros programas. O acesso à internet é possível em todos os ambientes da escola, como também nas proximidades do local. O período de adaptação com os aparelhos já não é mais obstáculo para os alunos, que a qualquer sinal de dificuldade podem contar com o auxílio dos professores.  

Para as irmãs Ivana e Ivani Andrade, matriculadas na 9ª série, as lições de casa ficaram muito mais fáceis de serem concluídas, depois do uso dos computadores. “Pesquisar qualquer assunto na internet ficou mais rápido e prático. Antes tínhamos de recorrer às lan houses, mas agora isso não é mais necessário. Sem contar que, na sala de aula, o professor dá ótimas indicações sobre quais conteúdos e materiais disponíveis na internet são mais interessantes e proveitosos para complementar nossos estudos”, explicam as alunas.

Já para a estudante Mileise Santos, as aulas ficaram mais dinâmicas e a classe tem participado mais das discussões sobre o conteúdo. “Sinto que meus colegas estão mais participativos e interessados em aprofundar a lição ensinada. Era muito fácil me distrair quando não entendia ou achava o assunto chato. Agora, mesmo que o assunto seja difícil, posso entender mais rápido o conteúdo com o auxílio dos computadores”, diz a estudante do 9º ano.

Integração

Mesmo com altos índices de aprovação entre os alunos e professores, a coordenadora Maria Carolina Ferreira explica que o sucesso do projeto também depende da particpação dos familiares dos estudantes. Segundo a coordenadora, é necessário que os pais acompanhem em casa o correto uso dos equipamentos para evitar qualquer eventual estrago.

“Os pais precisam ficar atentos sobre de que forma os seus filhos usam as máquinas. É importante manter a integridade do material, tanto para o aluno não ficar prejudicado nas aulas, como também durante as pesquisas escolares ou exercícios de casa. O trabalho deve ser conjunto e a participação da família é fundamental no processo de conscientização sobre o correto manuseio e melhor aplicabilidade dos laptops”, conclui.

Fonte: Semed

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