Estudantes cobram mais investimentos nas escolas

Aby Custódio, presidente da Uses (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A União Sergipana dos Estudantes Secundaristas (USES), União Brasileira do Estudantes Secundaristas (UBES), União Municipal dos Estudantes Secundaristas e Grêmios Estudantis emitiram uma nota pública nesta sexta-feira, 10, em virtude da greve dos professores da rede estadual de ensino iniciada no último dia 16 de abril. Os alunos destacam a importância do reajuste de 22,22% do Piso Nacional do Magistério, mas enfatizam a necessidade de se investir mais nas escolas.

De acordo com o presidente da Uses, Aby Custódio, o Piso valoriza o professor, mas não valoriza a escola pública. “Isso não é justo. Não estamos dizendo que os profissionais do magistério não merecem o reajuste do Piso, mas não se deve pensar apenas no reajuste, não é justo. As escolas estão funcionando sem qualquer estrutura e isso não é valorização da educação”, entende lembrando que o pagamento do Piso por si só não resolverá o problema da educação de Sergipe.

Na nota pública, os representantes da Uses, Ubes, Umes e dos grêmios estudantis deixam claro que “para além do reajuste do piso há uma necessidade de valorizar, ainda mais, a educação como instrumento de transformação social, sendo um direito indispensável para a formação de nossas crianças, jovens e adultos”.

“São escolas sem estrutura física, sem funcionários (executores de serviços básicos, oficiais administrativas, vigilantes e merendeiras), sem merenda, com diretores autoritários, atraso nas obras das reformas de escolas, falta de segurança nas escolas, falta de carteiras, escolas que até hoje não têm diário de classe, laboratórios (química e física) sem funcionar por falta de material e diversos outros problemas e isso tudo só muda com a construção de um Sistema Educacional Articulado”, acredita Aby Custódio.

Investimentos

Os estudantes cobram mais investimentos na educação, criação dos Conselhos Escolares, números suficientes de funcionários nas escolas, reordenamento da rede estadual, mais escolas de educação integral, departamento específico de educação noturna, agilidade nas reformas das escolas, reposição das aulas, aquisição para laboratório das escolas, segurança, criação da universidade estadual entre outros pontos.

“Nós estamos solicitando do Governo do Estado e do Sintese, um entendimento no sentido de que os conflitos sejam solucionados para que nós estudantes, possamos voltar às salas de aulas o mais breve possível tendo em vista os desafios educacionais que temos pela frente que são, além de ter uma formação plena, o sonho de ingressar na universidade”, finaliza.

Por Aldaci de Souza