Estudantes da UFS aguardam audiência no Ministério Público Federal

(Fotos: Portal Infonet)

No oitavo dia de ocupação do prédio da reitoria, os estudantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizaram nesta terça-feira, 7, uma assembleia para discutir os rumos do movimento. O prédio da universidade está paralisado. Eles aguardam uma audiência no Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira, 8, às 17h.

Na ocasião a promotoria irá conversar com o reitor em exercício e com os estudantes para a discussão das propostas. “Queremos amarrar os prazos e queremos isso por escrito para termos uma segurança de que nossas reivindicações serão atendidas”, destaca o estudante de jornalismo Pedro Alves, um dos líderes do movimento.

Reitoria permanece ocupada

Em uma reunião realizada entre o vice-reitor Ângelo Antoniolli e professores do curso de Comunicação na segunda-feira, 6, foram discutidas soluções como a contratação imediata de quatro professores substitutos e a criação da Sala de Projeção no primeiro andar da Didática VI, a partir do segundo semestre letivo. Os estudantes acharam muito pouco.

“A estrutura é precária, faltam laboratórios de televisão, de fotografia, falta de computadores e softwares, falta de corpo docente. No semestre passado tivemos 12 disciplinas com falta de professores, hoje estamos com um déficit de 16 professores. Equipamentos essenciais como câmeras fotográficas estão faltando, e até bebedouros e banheiros em nosso departamento são sucateados”, afirma Pedro Alves.

Professores pedem interferência da OAB/SE

O estudante Pedro Alves

Ainda na noite de segunda-feira, 6, os professores de comunicação da UFS foram recepcionados pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Sergipe, Carlos Augusto Monteiro Nascimento.

Na oportunidade, o vice-reitor, Ângelo Antoniolli, fez um relato sobre a situação da Reitoria, cujas instalações foram ocupadas pelos estudantes do Curso de Comunicação. O diretor do Departamento do Curso de Comunicação, professor Fernando Barroso, entregou ao presidente da OAB/SE cópia de um documento contendo as principais demandas do Curso de Comunicação, que parece estar em sintonia com as reivindicações dos estudantes.

Para o professor Barroso, o maior problema está na gestão da rádio UFS, cujo modelo adotado pela reitoria se contrapõe com os interesses dos estudantes. “Se formos aplicar da maneiras que eles querem, nós não avançaremos, com certeza teremos um retrocesso”, conceituou o professor Josenildo Guerra.

Professores em reunião com o presidente da OAB/SE (Foto: Ascom/OAB)

O presidente da OAB/SE ouviu as ponderações dos docentes e se comprometeu a debater a questão com os demais diretores da entidade, na tentativa de encontrar um meio de viabilizar intermediações em busca de solução para o conflito.

Na sexta-feira da semana passada, dois estudantes, representantes do Curso de Comunicação da UFS, Vínícius de Oliveira, membro da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), e Arios Maia, do Diretório Acadêmico de Comunicação Social, também procuraram apoio da OAB/SE e foram informados que uma solução seria discutida entre os diretores da entidade.

Por Bruno Antunes

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