Estudantes de comunicação ocupam reitoria da UFS

Estudantes dizem que só saem se foram recebidos pelo reitor (Foto: Divulgação)

A reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS) está ocupada por cerca de 100 estudantes dos cursos de comunicação. Eles decidiram pelo ato de protesto em assembleia nesta segunda-feira, 30, e prometem permanecer no local até serem recebidos pelo professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, reitor da instituição.

Um dos representantes do grupo, o estudante de jornalismo Pedro Alves, disse que a intenção é fazer com que o reitor assine um termo de compromisso afirmando que se reunirá com o Ministério Público Federal (MPF) e com a direção do Departamento de Comunicação Social (DCOS) para encontrar uma saída para os problemas enfrentados pelos estudantes.

“Não vamos tolerar mais apenas as promessas. Vamos continuar aqui até que ele nos receba e nos dê uma resposta”, explicou o estudante. O grupo montou um calendário de manifestações até que consigam ser recebidos pelo reitor da UFS.
Além de aulas públicas com alguns professores dos cursos eles pretendem, na quarta-feira, 1º de junho, realizar um debate sobre educação com o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Sergipe, Maurício Gentil.

O principal motivo da paralisação são os problemas enfrentados diariamente pelos estudantes. Além da falta de professores eles não dispõem de equipamentos, encontrando dificuldades para as atividades laboratoriais.

O chefe do DCOS, professor Fernando Barroso, disse que os professores não podem interferir nas ações do grupo porque eles têm autonomia. Ele explicou que os professores não estão integrados ao grupo que organizou o protesto e que o departamento está aberto a discutir tais questões.

Barroso comentou que os professores foram chamados para participar de uma assembleia no dia 18 deste mês, quando discutiram com os estudantes sobre o assunto. Até o momento em que foi contatado pelo Portal Infonet ele não havia sido avisado da ocupação da reitoria. “Acredito que nunca houve nenhum protesto desse tipo”, disse o professor.

Por Diógenes de Souza