Geverno vê avanços na educação dos jovens sertanejos

O objetivo é que o jovem do Sertão sergipano  não tenha só acesso ao ensino profissionalizante

A trajetória educativa do jovem sertanejo é uma constante preocupação do governador Jackson Barreto. Em sua gestão, além de apoiar à implantação do campus do Sertão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), situado em Glória, Jackson Barreto viabilizou a transferência da Fazenda Modelo, área de aproximadamente 100 tarefas onde será montada a estrutura de aprendizagem do polo. Outra iniciativa que promove desenvolvimento do ensino na região é a inauguração do Centro de Educação Profissional Dom José Brandão de Castro, em Poço Redondo. A unidade de ensino, entregue este mês, é a primeira profissionalizante do Brasil localizada em território de reforma agrária.

Com o Campus da UFS e o Centro Profissionalizante, os objetivos são que o jovem do Sertão sergipano tenha não só acesso ao ensino profissionalizante, como possa formar-se, na localidade onde vive, em um curso superior. Durante a inauguração do Centro de Educação Dom José Brandão, Jackson Barreto falou da qualificação de mulheres e homens da região e que a unidade estadual dialogará com o Campus da UFS, uma conquista que se deu quando ele era vice-governador.

“É uma obra que vai dialogar de forma bem direta com o campus do Sertão da UFS, voltado para a vocação da área. Lutamos para trazer esse polo para a região e recentemente tivemos notícias de recursos que serão liberados para o início da construção do prédio”, declarou.

O reitor da Universidade Federal de Sergipe, Angelo Antoniolli, também acredita que o Centro de Educação Profissional Dom José Brandão no Sertão e o campus do Sertão propõem desenvolvimento para a região, alavancando o número de profissionais especializados nos setores vocacionados para área. Ele acredita que a passagem dos jovens pelas duas instituições de ensino é vantajosa.

“Os cursos pensados para o Sertão fazem parte do arranjo produtivo local. No caso da UFS, há os de Veterinária, Agronomia, Zootecnia e Agroindústria. E os cursos profissionalizantes têm como finalidade trabalhar a fase inicial da preparação dos alunos para que alguns deles possam ir para a universidade concluir seu ensino superior em áreas estratégicas para a região. E, se formos parar para pensar, em breve teremos integração plena entre a formação dos cursos profissionalizantes com os de terceiro grau. A Educação no Sertão está sendo mais valorizada com essas iniciativas, garantindo uma direção desenvolvimentista para aquela região”, enfatizou Antoniolli.

O Centro de Educação Dom José Brandão é responsável por proporcionar formação técnica aos jovens da região, oferecendo mais uma oportunidade educacional e de trabalho. O local oferece cursos em Agropecuária e Agroindústria. Localizado no assentamento Queimada Grande, em Poço Redondo, a unidade de ensino correspondeu a um investimento superior a R$ 7 milhões por meio de recursos estaduais e do Programa Sergipe Cidades.

Jodnes Sobreira Vieira é diretor geral do campus do Sertão e acredita que a educação dos sertanejos está sendo cada vez mais valorizada. Ele conta que, por exemplo, 85% dos estudantes do polo da UFS de Nossa Senhora da Glória são provenientes da região. “E o campus do Sertão pode dialogar com o Centro Profissionalizante através da interação entre os professores e, também, da capacitação dos alunos da escola por meio da realização de estágios em nossos laboratórios”, acrescentou.

O diretor do Centro de Educação Profissional Dom José Brandão, por sua vez, disse que a escola é uma grande oportunidade para as pessoas da região. “A unidade de ensino atende às comunidades ribeirinhas, índios, acampados e muitos outros públicos. Hoje, contamos com quadro de profissionais excelente e completo. Temos educação de qualidade”.

Centro de Educação Profissional

O secretário de Estado da Educação, Jorge Carvalho, explica que os estudantes do Dom José Brandão de Castro recebem a formação regular de ensino médio e também a de técnico. “Ou seja, ao mesmo em que concluem a formação no ensino regular, que os prepara para seguir os estudos no ensino superior, se assim desejarem, eles também recebem a formação técnica, que vai permitir o aperfeiçoamento da produção familiar e do conhecimento técnico agrícola que eles possuem para que a produção seja melhor e mais qualificada. Desse modo, assim é cumprida a vocação econômica e social da região desses estudantes, e dado seguimento ao histórico familiar”, explicou Jorge Carvalho.

Crislaine Santos é natural de Porto da Folha e é estudante do 3º ano de Agropecuária no Centro Profissional. Ela conta que é a primeira de sua família prestes a concluir o ensino técnico e que almeja cursar Agronomia. Algo que pode ser realizado no campus da Universidade Federal de Sergipe em Nossa Senhora da Glória.

“Nós viemos do campo, somos do campo e eu acho que a escola profissionalizante nos dá a oportunidade de continuarmos no campo. Sonho em fazer Agronomia, mas meu desejo maior é voltar para casa e aplicar tudo o que aprendi aqui. Essa escola é extremamente importante para os moradores, quem é de fora, quem está saindo e deixando nosso legado e que vai voltar para casa e melhorar a vida das nossas famílias e de tantas outras. Aqui temos um senso muito grande de comunidade, agregamos gente de todo tipo: índios, quilombolas, assentados e pequenos agricultores. E essa diversidade é muito boa porque expande os nossos horizontes e nos dá um senso de família”, destacou Crislaine.

Também de Porto da Folha, os estudantes do 3º Ano de Agropecuária Gilvásio Lima de Souza e Luiz Carlos da Silva Ferreira ressaltam a importância da unidade para aqueles que mais precisam de educação e na aplicabilidade dos ensinamentos obtidos na escola na vida real.

“Essa escola é de uma importância muito grande para o Alto Sertão porque os filhos de agricultores vêm estudar aqui, pois não tem como pagar uma faculdade. Temos ensino de qualidade e tudo o que aprendemos, vemos no dia-a-dia e é conhecimento que podemos passar para nossos pais, vizinhos e amigos”, disse.

Luiz Carlos, que concluirá o curso técnico em junho, detalha que apesar de todos os alunos virem do campo, os cursos proporcionam uma vivência diferenciada. “A gente aprende a trabalhar mais detalhadamente com o solo e com os animais. Costumo aplicar o que aprendi aqui na minha casa. Identifico-me mais com a parte agrícola e planto milho e palma. Estou levando conhecimento para minha família e passando o que eu aprendo”.

Fonte e foto: ASN

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