Governo de Sergipe inicia exame supletivo no presídio feminino

A aplicação das provas faz parte das ações governamentais voltadas à ressocialização das pessoas privadas de liberdade (Foto: Agência Sergipe)

Reunidas nas duas salas de aula do Presídio Feminino (Prefem), 60 internas da unidade prisional responderam, nesta terça-feira, 23, as provas da primeira etapa dos Exames Supletivos para certificação do ensino fundamental e do ensino médio. Sob a coordenação das secretarias de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) e da Justiça e Defesa do Consumidor (Sejuc), a aplicação deste exame para as pessoas privadas de liberdade ocorre anualmente em três etapas, em todas as unidades prisionais administradas pelo Governo de Sergipe.

Os exames supletivos objetivam, além de contribuir para a ressocialização dos internos e internas do sistema prisional, aferir o conhecimento dessas pessoas privadas de liberdade para certificar a conclusão do ensino fundamental ou do ensino médio daqueles que atingem a nota mínima exigida nas provas dos diversos componentes curriculares de cada nível de ensino.

De acordo com o coordenador do Serviço de Educação de Jovens e Adultos do Departamento de Educação da Seduc, professor Vlademir Silva, o exame supletivo ofertado aos internos do sistema prisional é um direito assegurado pelo governo estadual àqueles que estão em situação de privação de liberdade.

“A ressocialização por meio da educação é o objetivo principal da parceria entre as pastas da Educação e da Justiça para a aplicação dos exames supletivos e para a oferta da Educação de Jovens e Adultos. Além de ser uma forma de remissão da pena, a oportunidade de estudar enquanto interno e a certificação de conclusão dos estudos da educação básica faz com que essas pessoas tenham uma perspectiva de mudança de vida ao deixarem o sistema prisional”, destaca Vladimir.

As provas são elaboradas pela Divisão de Exames e Certificações (Diex/Seja/Ded/Seduc). Segundo Edson Aragão, chefe da Diex, de modo a atender as exigências do público participante dos Exames de Suplência no Sistema Prisional, a oferta das provas foi reformulada pela Seduc em 2018.

“Reestruturamos o formato pedagógico das questões, tornando-as mais contextualizadas e próximas da realidade dos participantes, além de ofertar os exames em dois momentos. Neste primeiro momento são aplicadas as provas dos componentes curriculares referentes as áreas de Matemática e Ciências Humanas para o Ensino Médio e Matemática, Ciências da Natureza, História e Geografia para o Ensino Fundamental. Os demais componentes curriculares serão aplicados ainda neste semestre, facilitando o estudo do aluno participante e dinamizando o processo”, explica Edson Aragão.

Para o professor Genaldo Freitas, coordenador de Educação para o sistema prisional (Seduc/Sejuc), além da EJA e dos Exames Supletivos, as internas do Prefem participam também de outras ações e iniciativas educacionais e de ressocialização, como cursos de capacitação e de profissionalização e do projeto ‘Empoderar Mulheres para o mundo ficar Odara’, desenvolvido há pouco mais de ano e meio pela Sejuc que traz em sem título uma famosa canção do cantor Caetano Veloso, que fala sobre liberdade e paz. Através desta iniciativa, as internas confeccionam diversos tipo de materiais, no Odara Ateliê – um espaço onde funcionava anteriormente uma fábrica de costura que atendia às demandas internas.

Com informações da Agência Sergipe

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