Em Poço Redondo, por exemplo, os alunos do Colégio Estadual Justiniano de Melo, dizem que não têm tido aulas de química e espanhol desde o início do ano letivo. Há problemas também no Centro Estadual de Educação Profissionalizante Dom José Brandão de Castro. Segundo a estudante Paula Daiane dos Santos do 1º ano do ensino médio, está faltando professor de Espanhol. “Nós temos na grade de aulas o Espanhol, mas neste ano eu ainda não assisti nenhuma aula”, contou. A aluna do 2º ano, Bruna Rafaela, contou que não tem aulas de Química. “Este ano ainda não tive aula de Química, o ensino médio é uma época que a gente já vive o vestibular e sem essa aula me sinto prejudicada”, falou. De acordo com a Promotora Maria Rita Machado Figueiredo, da comarca de Poço Redondo, alguns alunos que moram no município procuraram o Ministério Público para que o problema fosse resolvido. “Em fevereiro recebemos cerca de 100 alunos que alegaram não estarem tendo aulas, as aulas haviam sido iniciadas em 25 de janeiro e até o momento eles não estavam tendo aulas por falta de pessoal como vigia, merendeira e professores”, disse. Para Reginaldo Medrade, representante do Sintese em Nossa Senhora da Glória, as escolas da cidade enfrentam o mesmo problema. “Em Glória, nas Escolas do Estado, principalmente na Escola Cícero Bezerra tem alunos que desde o início do ano não tiveram aulas de determinadas disciplinas. Nas turmas do período noturno, por exemplo, tem alunos que chegam para assistir aula e retornam para casa porque não tem professor. O problema acontece mais nas matérias de exatas”, apontou. Em uma audiência realizada na última sexta-feira, 16, o Ministério Público Estadual questionou do Governo do Estado o número informado para contratação de 1849 professores através de um processo seletivo simplificado para suprir a demanda das Escolas Estaduais. Na oportunidade, o promotor de justiça Fausto Valois perguntou sobre a vacância de mais de 1800 professores no Estado. “Existe falta de 1849 professores na rede Estadual, qual o motivo da real falta de professores? Qual a decorrência da necessidade desse número de cargos? Existe a vacância mesmo ou tem professores com desvio de função?”, indagou. Por requerimento do Ministério Público Estadual, a Secretaria de Estado da Educação se prontificou em entregar um relatório com os dados dos cargos de professores que estão em vacância para poder realizar o concurso Público simplificado. O relatório deve ser entregue na próxima segunda-feira, 26, quando haverá nova Audiência sobre a falta de professores na rede Estadual. Por Bruno Antunes
Em Sergipe existem 400 escolas estaduais e desde o início do período letivo deste ano, diversas dessas escolas ainda não tiveram aulas de algumas disciplinas. A reportagem do Portal Infonet constatou que faltam professores em diversas escolas nos municípios de Poço Redondo, Monte Alegre, Porto da Folha e Nossa Senhora da Glória. No municípios do alto serão faltam professores (fotos: Portal Infonet)
Já o estudante Erlan Silva Torres do 3º ano do ensino médio diz que também há problemas no transporte. “Está faltando inclusive transporte escolar para os povoados, eu venho com ônibus cedido pelo Estado, já na volta, os ônibus não esperam e tenho que arranjar carona”, afirmou. Erlan Torres falou que tem que arranjar carona na volta da escola.
Segundo a promotora do MP, o problema também atinge o município de Monte Alegre. “Em Monte Alegre recebi a reclamação que estão faltando 20 professores de quase todas as matérias, aqui em Poço Redondo o número é ainda maior, faltam 28 professores”, informou. Promotora Maria Rita denúncio falta de professores no alto sertão.
Audiência no MP Reunião no MP discutiu necessidade das contratações.
Segundo o secretário de Educação José Fernandes Lima, essa demanda irá suprir a carência de toda a rede escolar. “Se existem cargos vagos e se existe uma determinação de carga horária por lei, nós temos que cumprir. Esse número de 1849 é o número que nós tínhamos em dezembro. Nós estamos precisando para agora de professores porque nós não podemos deixar as escolas sem essas aulas”, ressaltou. O promotor Fausto Valois quer saber da real necessidade para contratar mais de 1800 professores.
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