Greve na UFS: professores pedem suspensão do calendário acadêmico

Café da manhã marcou início da agenda de mobilização (Foto: ADUFS)

Professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) solicitaram nesta segunda-feira, 20, a suspensão do calendário acadêmico de graduação e pós-graduação de todos os campi da instituição. O pedido foi feito ao reitor Valter Santana durante a entrega de um documento contendo as pautas locais e nacionais da categoria. Um café da manhã marcou o início da agenda de mobilizações dos docentes.

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs) explicou que a suspensão do calendário é uma forma de institucionalizar a paralisação das atividades docentes sem prejudicar o andamento das aulas.

“Apesar de estar suspenso na prática, oficialmente, o calendário segue acontecendo. Sendo assim, a paralisação com a suspensão oficial do calendário ajuda na negociação da reposição das aulas quando a greve acabar”, detalhou a Adufs.

Representantes da UFS entregaram pauta ao reitor Valter Santana

O documento entregue pela Adufs também solicita a derrubada da resolução que retira a paridade na Consulta Pública para Reitoria e Vice, exclui aposentados do pleito e retira das entidades da comunidade acadêmica a responsabilidade de gerenciar o processo.

Ainda conforme a Adufs, o Comando Local da Greve solicitou também uma maior transparência nos recursos da universidade, ações de combate ao assédio, apresentação de planos de investimentos nos campi e garantia da democracia interna na escolha das diretorias de Centro e Campi. Uma audiência com a Reitoria foi marcada para esta quinta-feira, 23.

Mobilizações 

Ao longo da semana, a Adufs terá uma agenda intensa de mobilizações, entre elas:  ato público no Centro de Aracaju; live sobre a proposta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN); Assembleia Geral Extraordinária e a exposição de filmes que representam a exploração trabalhista.

Greve

A greve dos professores da UFS foi iniciada no último dia 13 de maio. A categoria reivindica recomposição salarial de 22%, divididos igualmente entre os anos de 2024, 2025 e 2026. No entanto, conforme a Adufs, a contraproposta do governo não oferece qualquer índice de reajuste em 2024, apenas a recomposição dos anos seguintes e avanços pontuais nas gratificações e auxílios.

UFS

A assessoria de comunicação da UFS não se posicionou acerca das reivindicações apresentadas hoje, mas confirmou o recebimento do documento. Anteriormente, a UFS havia se manifestado, dizendo que “manterá diálogo aberto e propositivo com as entidades de classe, na busca por soluções que atendam às necessidades de todos e reforçando a manutenção dos serviços essenciais oferecidos pela instituição”.

 

Por Carol Mundim e Verlane Estácio com informações da ADUFS

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