Indicado, Uchôa será empossado em fevereiro

"Sinto-me lisonjeado em ocupar a cadeira que foi de Luiz Antônio Barreto" (Foto; Portal Infonet)

Os últimos meses têm sido movimentados e polêmicos na Universidade Tiradentes (UNIT) e, consequentemente, na vida do professor Jouberto Uchôa de Mendonça, reitor da Universidade. À frente da instituição desde que a fundou, ele se define como uma pessoa sonhadora, visionária e garante que a instituição vai bem em todos os sentidos. Eleito o mais novo imortal da Academia Sergipana de Letras (ASL), escolhido pelos seus membros, Uchôa será empossado em Fevereiro do próximo ano.

Fundador de uma das maiores universidades do Nordeste, agora imortal da ASL, Uchôa recebeu a equipe de reportagem do Portal Infonet na reitoria da instiruição.

Em entrevista ao Portal, ele falou sobre as perspectivas da UNIT, dos investimentos feitos ao longo dos anos, e afirmou que não faltam recursos e incentivos para pesquisa. Na oportunidade, o reitor se pronunciou sobre a polêmica envolvendo o estacionamento da universidade. Ele nega que tomou para si um espaço que pertence à Prefeitura de Aracaju e garante que a cobrança do estacionamento é legal.

Unit completou 50 anos de fundação (Foto: Arquivo Infonet)

Confira trechos da entrevista

Qual o sentimento de ser escolhido como novo imortal da ASL? E ainda, de estar assumido a cadeira do estudioso Luiz Antônio Barreto?

Eu senti o que toda pessoa sentiria, ao ser indicado,  muita emoção. Eu não recuso porque foi um grupo de amigos que me indicou e o plenário aceitou essa indicação. Para mim é uma emoção substituir o maior historiador de todos os tempos que foi o Luiz Antonio Barreto. Tenho uma saudade imensa dele pelo vínculo que criamos. Acompanhei todo seu sofrimento, desde que ele foi meu aluno até a doença que o levou. Portanto substituí-lo é para mim, uma honra, estou gratificado.

O que fez com que o senhor trouxesse o acervo de Luiz Antônio Barreto para a Unit?

Luis Antonio Barreto assumiu postos importantes no estado e foi perseguido, muitas vezes. O Instituto Luiz Antônio Barreto foi uma de suas maiores conquistas, mas por conta das adversidades da vida ele pensou em encerrar as atividades do lugar e eu o convidei para trazer seu acervo para UNIT, mas com ele junto. Aí nós montamos uma estrutura de primeira linha para que ele continuasse com sua obra. Cheguei um dia a dizer para ele que a partir daquele momento quem quisesse qualquer coisa dele teria que pagá-lo, porque ele era um computador ambulante e merecia compensação pelo seu trabalho.

Neste ano a Unit fez 50 anos. O que faz a Universidade Tiradentes ser uma das três maiores do Nordeste?

Olha, vou conta resumidamente a minha história. Eu fui animador de quadrilhas em uma escola. Foi quando eu fui convidado pelo dono de uma dessas escolas a trabalhar e morar lá. Na escola, eu fui vigia, servente, inspetor de aluno, secretário e diretor. Foi quando criei gosto em trabalhar com educação. Depois disso me empolguei e comecei o colégio Tiradentes. Em 1992 nós ousamos pensar numa universidade, quando só existiam as públicas. Fui até chamado de louco na época. Em 1994 nós iniciamos a segunda universidade privada do Brasil. A partir daí não paramos de crescer. Criamos o memorial de Sergipe, as clínicas para fazer trabalho social, onde fazemos mais de 70 mil atendimentos por ano. Criamos uma escola para substituir uma escola do estado no Bairro Industrial que na época foi fechada. Hoje ela é considerada a melhor escola de Sergipe para pobre.

Três obras foram lançadas recentemente pela Unit. Qual a importância delas?

Foram três livros lançados, minha biografia, o livro que conta os 50 anos da UNIT e o livro em comemoração aos 150 anos de Aracaju, que relata a vida das mulheres que fizeram história no Estado. São três grandes obras que marcam com certeza nossa trajetória.

A cobraça pelo estacionamento da Unit alavancou inúmeras discussões sobre sua legalidade. A polêmica foi marcada por protestos e até processos na Justiça. Como o senhor vê essa situação?

Em 2006 houve uma lei que foi aprovada proibindo escolas, supermercados e shopping de cobrar estacionamento. Apesar de cobrarmos apenas R$ 1,50 por dia e na cidade é R$ 7,00 por hora. Então entramos na Justiça, que classificou a lei inconstitucional. Em 2011 toda aquela polêmica em torno do estacionamento voltou á tona e eu fui novamente à justiça, que julgou a lei novamente inconstitucional.  Depois fui acusado de ter invadido uma avenida que vai ao bairro Augusto Franco. A área do estacionamento era uma área grande. A construtora deu entrada na Prefeitura para fazer um condomínio, a área foi divida em quatro lotes e comprei três. A parte que dizem que foi invadida não é verdade. Está tudo comprovado em fotos, que mostram o início das obras e documentos. Contudo, estamos na Justiça e vamos esperar o fim dessa história.

Quais são os projetos da Unit para 2013?

Nós estamos realizados na área de pós-graduação. Já temos mestrado, doutorado e cursos de extensão em diversas áreas. Nós chegamos ao Recife agora neste fim de ano, com a FACIF, Faculdade de Recife, além de termos uma em Maceió. Nós estamos partindo para novas iniciativas em Natal, Pernambuco, em três cidades da Bahia e investido em novos mestrados e doutorado, nas áreas de direitos e educação.

Por Eliene Andrade

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