Lançado o catálogo “Teses Médicas Sergipanas”; acervo está disponível

Datado de 1841 a 1930, o acervo conta com mais de 90 trabalhos de sergipanos graduados nas faculdades de medicina da Bahia e do Rio de Janeiro, primeiras instituições de ensino superior criadas no país (Foto: Matheus Martins)

A Biblioteca Pública Epiphanio Dória e a Academia Sergipana de Medicina, com o apoio do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, lançaram nesta quarta-feira, 6, o catálogo “Teses Médicas Sergipanas”, acervo totalmente digitalizado de teses de doutoramento em medicina de sergipanos graduados no século XIX e primeiras décadas do século XX.

São mais de 90 teses entre os anos de 1841 e 1930, das faculdades de medicina da Bahia e do Rio de Janeiro, primeiras instituições de ensino superior criadas no Brasil. A ocasião também foi marcada pela abertura de uma exposição sobre o tema e homenagem aos médicos: Augusto Cezar Leite, Antônio Garcia Filho e João Batista Perez Garcia Moreno.

O secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, falou da importância da disponibilização do catálogo. “É motivo de muita honra para todos nós sergipanos o lançamento desse material na versão digitalizada. Há sempre um dilema entre os guardiões da memória e dos importantes documentos para dar publicidade a eles. Torná-los disponíveis e acessíveis a qualquer um acaba tirando a sacralidade desses documentos que sempre são muito sagrados para os pesquisadores. Eu acredito que essa seja a melhor decisão; é a que mais atende ao interesse desse público, que é a de divulgar as nossas riquezas e não as guardar com tanto ciúme e egoísmo. É importante para nós que todos saibam que gerações de sergipanos pensaram sobre diversos aspectos da vida humana”.

Para a diretora da Biblioteca Epiphanio Dória, professora Juciene Maria, o momento celebra a valorosa contribuição de médicos sergipanos à ciência e à história do estado. “A instituição social biblioteca é bem mais que um acervo de livro; é, na verdade, um espaço social em que se encontram arquivos dos mais diversos. Porém, de nada isso serviria se não fossem os pesquisadores e os intermediários. A memória de uma sociedade, em suas mais distintas vertentes, faz-se aqui. A história das ciências englobando a área da medicina sempre foi imprescindível. Contudo, sobre os tempos recentes, em meio à pandemia, vimos o quanto ela é importante para que novos conhecimentos sejam agregados. Nós da biblioteca nos empenhamos nessa missão cotidianamente. Aqui celebramos sergipanos valorosos que empreenderam em outras terras a fim de galgar novas esferas do saber”, declarou.

O lançamento das ‘Teses Médicas Sergipanas (1841 – 1930)’ representa a primeira ação do ‘Núcleo da Sergipanidade’ que faz parte do projeto “Revista Digital” e consiste na digitalização de obras raras do acervo da Biblioteca Pública Epiphanio Dória visando à criação de um catálogo digital sobre temas relacionados à sergipanidade em suas diversas áreas e manifestações. “Sinto-me muito honrado de fazer parte deste evento porque há alguns anos, entre 1997 e 2000, eu fazia meu doutorado na Universidade de São Paulo, e lá tinha a Biblioteca Intersetorial Enjolras Vampré, que é um profissional muito festejado na USP; é sergipano natural de Laranjeiras, e isso fez dedicar-me à sua história como professor titular da instituição e fundador da cadeira da minha especialidade que é neurologia. Então é uma satisfação enorme participar desta ação, que possibilita o acesso a importantes materiais para a história da medicina sergipana”, disse Roberto César Prado, presidente da Academia Sergipana de Medicina.

A professora Aglaé d’Ávila Fontes, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, também participou do lançamento do catálogo. “O instituto se sente muito recompensado por trabalhar com a memória, com documentos, e por se preocupar em guardar aquilo que compõe a cultura de Sergipe em qualquer área que a gente possa pensar. E nós temos muito orgulho de ter um médico na nossa diretoria, o Paulo Amado,  que se entusiasmou muito com essa questão da recolha das teses, e de descobrir temas tão inusitados à época que eles viveram e que ainda hoje é matéria para estudo. Os nossos médicos escreveram, trabalharam e defenderam ideias que talvez na época não fossem tão compreendidas porque a história é assim: ela vai sendo construída e lida por vários olhares e várias formas de sentir”, disse ela.

O evento contou ainda com a participação do presidente da Academia Sergipana de Letras, professor José Anderson Nascimento, e com as palestras do doutor Paulo Amado, que falou sobre a construção e planejamento do catálogo; e dos professores Ricardo Gama e Gilvan José, que explanaram acerca das teses e suas digitalizações. Já o doutor Lúcio Prado falou sobre a trajetória dos homenageados, os médicos Augusto César Leite, Antônio Garcia Filho e Garcia Moreno. Na oportunidade também foi feita a entrega simbólica dos bustos dos homenageados à Academia Sergipana de Medicina.

Os interessados já podem consultar o acervo digital ‘Teses Médicas Sergipanas (1841 – 1930)’ clicando aqui

Fonte: Seduc

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