Mães protestam contra fechamento de creche no Coqueiral

Crianças recebem reforço escolar no projeto (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Pode estar com os dias contados o projeto Revida desenvolvido pela funcionária pública Sílvia Ribeiro de Albuquerque, que atende a 100 filhos de empregadas domésticas no bairro Coqueiral, em Aracaju. A idealizadora do projeto está doente e será submetida a uma cirurgia e, devido à escassez de recursos, não terá fôlego para dar continuidade às ações que são realizadas em uma casa alugada na rua Q, naquele bairro, conforme relatos da mãe dela, Augusta Ribeiro de Albuquerque, que atua como voluntária no projeto.

Nesta quarta-feira, 24, um grupo de mães convocou a imprensa para fazer um apelo: que o poder público e mais voluntários adotem medidas para evitar o fechamento do projeto, que funciona como creche para atender filhos de empregadas domésticas e faxineiras, desenvolvendo atividades de reforço escolar e fornecendo alimentação à criançada.

Crianças recebem o carinho de dona Augusta

Alunos matriculados em escolas pela manhã, que ficam no local à tarde, e aqueles que estudam à tarde e frequentam o projeto pela manhã não escondem a tristeza com a probabilidade de serem excluídos do projeto. “Isso aqui é meu futuro. Se fechar, nós vamos para a rua fazer o que não presta”, reage Renato da Silva Souza, 14.

O projeto foi criado em 2002, trazendo tranquilidade para os pais que são obrigados a passar o dia fora, trabalhando. “Minha filha ficou aqui até os 12 anos e aprendeu muita coisa. Agradeço primeiramente a Deus e à dona do projeto”, reage Júlia Márcia de Jesus, uma mãe que se tornou voluntária no projeto, ajudando nas atividades nos momentos de folga.

“A casa é alugada e o dono do imóvel vive pressionando a dona do projeto para que ela compre a casa, mas não há dinheiro para isso”, lamenta Marili Conceição Lima. “Se a prefeitura desse o terreno, a comunidade ajudaria a construir”, diz Marili. “Fazemos um apelo ao governo e aos empresários que ajudem para o projeto não fechar”, considera Valdiceia dos Santos, mãe de uma garota de 8 anos atendida pelo projeto.

Marili: "se o poder público doar um terreno a comunidade constrói"

“Meu sobrinho fica aqui pela manhã e estuda à tarde. Hoje ele chegou todo triste dizendo que o projeto ia fechar”, conta Maria Pureza da Cruz Barbosa. “Então viemos aqui hoje para pedir ajuda as pessoas para não deixar fechar o projeto. Eles gostam muito daqui e as mães também, pois elas vão trabalhar sossegadas”, conta a doméstica.

Por Cássia Santana

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