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Professores em marcha pela aplicação da Lei do Piso (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
O governador Belivaldo Chagas (PSD) reconhece a necessidade de reestruturar a carreira do magistério, atropelada por perdas salariais decorrente da falta de aplicação da Lei do Piso do Magistério sobre os interníveis. Mas chama a atenção o impacto que as medidas para reestruturar a carreira trará aos cofres públicos. A reestruturação da carreira, segundo cálculos do próprio governador, gera um impacto superior a R$ 40 milhões na folha de pagamento, considerando os inativos. Só na folha dos servidores em atividade, conforme destaca Belivaldo Chagas, a medida gera impacto na ordem de R$ 24 milhões.
O governador se reuniu com representantes do Sintese na segunda-feira, 18, e revelou que o governo tem interesse de adotar as medidas necessárias para corrigir estas perdas, avaliadas em 48%, segundo cálculos do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese). “É verdade que a carreira do magistério está travada e é verdade que a gente precisa destravar esta carreira. Não dá para ficar do jeito que está. Se continuar do jeito que está, vamos chegar a um determinado momento que todo mundo vai estar ganhando o mesmo salário”, destacou.
Belivaldo Chagas explicou que a carreira do magistério ficou desestruturada em consequência das dificuldades financeiras que o Estado enfrenta em decorrência da crise econômica que abalou o país. “Como estabelecer um acordo?”, questiona o governador. “Talvez escalonado”, responde. E quando iniciar? A esta pergunta, o governador não especifica. “Não sei se neste ano ou a partir do próximo, não sei o percentual inicial, mas continuamos dialogando. Se for possível avançar, avançaremos”, ressalta.
Estado de assembleia permanente
O professor Roberto Silva, vice-presidente do Sintese, informou que os professores estão aguardando uma posição do governo e que se encontram em estado permanente de assembleia geral. Assim que o Governo se manifestar, a proposta será analisada em assembleia geral da categoria. “Deixamos claro para o governador que é possível retomar a carreira, entendemos que o governo tem como apresentar uma proposta e esperamos um retorno positivo”, ressaltou.
O governador autorizou que a questão seja avaliada por técnicos das Secretarias de Estado da Educação, da Fazenda e do Planejamento.
Por Cassia Santana
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