Marginais se passam por estudantes e roubam celulares

Estudantes foram vitimas de assaltantes (Fotos: Portal Infonet)

A ousadia dos assaltantes vem deixando a população sergipana cada dia mais temerosa. Na terça-feira, 12, três homens disfarçados de estudantes [inclusive usando fardas], entraram no Colégio Estadual Professor Paulo Freire, localizado no bairro Industrial, abordaram os estudantes e tomaram celulares e uma bicicleta.

Na manhã desta quarta-feira, 13, o diretor do colégio, Marco Aurélio Silva Oliveira percorreu as salas de aulas com a finalidade de conversar com os estudantes, que mal iniciaram o ano letivo na última segunda-feira, 11 e já se depararam com a violência atravessando os portões da escola.

Marco Aurélio, diretor do Paulo Freire: "Se aproveitaram da fragilidade"

“Estive hoje nas salas de aula com meus alunos, escutei alguns relatos e eles estão calmos, o momento difícil já passou e a gente vem pedindo que eles se unam no sentido de estar observando para saber se tem algum estranho, mas a gente começou as aulas antes de ontem, então está muito recente ainda para identificar quem é aluno novo e quem não é”, acredita.

Ação

Marco Aurélio contou que devido à greve dos servidores públicos estaduais, a escola continua sem vigilantes. “Assim que abrimos os portões às 7h, três elementos fardados entraram junto com os alunos e ficaram no pátio, não entraram nas salas porque não eram alunos. Os servidores estaduais ainda continuam em greve e a gente está passando por essa fase temporária. Eles se aproveitaram da fragilidade do momento e adentraram na escola, certamente com as fardas de alguns ex-alunos”, acredita.

O diretor explicou que o estabelecimento de ensino mudou recentemente de nome. Antes era Colégio Presidente Castelo Branco, passando a ser denominado de Colégio Professor Paulo Freire. “O colégio mudou de nome e devido às condições financeiras dos pais, nós permitimos que os alunos continuem entrando com o fardamento antigo. Quem comprou o fardamento novo, descartou o outro. Como há a permissão de alunos ainda com essa farda, eles se aproveitaram do momento e entraram na escola”, ressalta.

Furto

Os três homens fardados não agrediram fisicamente os estudantes, mas muitos ficaram abalados emocionalmente. “Eles levaram os aparelhos de telefone celular de quatro dos nossos alunos e uma bicicleta. Não machucaram ninguém, não teve uso de faca, de arma, de nada; não houve briga, mas a gente acredita que houve pressão em cima dos alunos, até porque temos aqui alunos do 6º Ano, que de 10, 11 e 12 anos de idade”, afirma acrescentando que 1. 650 alunos do 6º Ano ao 3º Ano do Ensino Médio estão matriculados na escola.

Medo

Na porta da escola, estudantes se mostraram preocupados com a situação. “A gente fica com medo de roubarem nossos celulares e nossos objetos, sem contar que podem até fazer alguma maldade”, teme uma estudante do 7º Ano, que terá a identidade preservada, devido a situação de vulnerabilidade.

Os indivíduos que entraram no Paulo Freire ainda não foram identificados pela polícia.

Por Aldaci de Souza

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