Mobilização dos docentes da UFS marca 100 dias de greve

professores e Alunos mobilizados no Cultart (Fotos: Portal Infonet)

Para marcar os 100 dias de greve dos professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), docentes, estudantes e entidades de classe realizam durante toda esta sexta-feira, dia 24, atividades culturais e mobilizações. As atividades culturais que durante toda a manhã ocorreu no Centro de Cultura e Arte (Cultart) e contou com palestras e oficinas, se encerram com uma marcha que ocorrerá simultaneamente em todo o Brasil, com saída da Praça Fausto Cardoso, no centro da cidade, em direção à sede do Cultart, localizado na avenida Beira Mar.

De acordo com o diretor da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs) e integrante do Comando Local de Greve (CLG), Fernando Sá, a mobilização decorre da falta de diálogo do Governo Federal para com os docentes. “Ontem [23] nós protocolamos tanto no Ministério do Planejamento quanto no Ministério de Educação e na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados nossa contraproposta no qual nós reduzimos o piso do professor 20 horas para R$ 2.018, a nossa proposta anterior era R$ 2.537, também os estepes que são as passagens de nível da nossa carreira de 5 para 4 e mesmo assim, o governo sequer nos recebeu. Ao protocolar, nem o secretário das Relações do Trabalho que está negociando com o conjunto dos servidores públicos nos recebeu em Brasília. Isso demonstra um claro descaso do Governo Federal no trato da greve dos docentes das universidades públicas brasileiras”, diz.

Diretor da Adufs, Fernano Sá

Sobre o encerramento da greve, Fernando Sá, garante que a possibilidade não existe, até que haja uma negociação efetiva. “Enquanto não houver uma negociação, a greve continua, infelizmente em prejuízo de toda a comunidade universitária não só de estudantes, mas professores que vão ter que dar aula no verão. O que esperamos é que o consenso volte, a presidente Dilma efetivamente entre na negociação, mas ela quer ser a dama de ferro, a Margaret Thatcher e aí fica complicado essa postura, porque a gente imaginava que o PT soubesse negociar com os conflitos trabalhistas já que ele foi criado a partir de greve histórica no final da ditadura militar e não uma intransigência como nós estamos vendo”, afirma Fernando Sá.

Já na segunda-feira, dia 27, a categoria volta a se reunir para definir o calendário de mobilizações, com possibilidade de ocorrer uma nova assembleia geral na terça-feira, 28, ou na quinta-feira, dia 30.

Propostas

A categoria que está em greve desde o dia 17 de maio, luta pela reestruturação da carreira docente, que engloba uma carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios; variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20h correspondente ao salário mínimo do DIEESE (calculado em R$ 2.329,35) e retribuição por titulação.

Por Aisla Vasconcelos

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