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Encontro ocorreu na manhã desta segunda–feira no MPE (Fotos: Portal Infonet)
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Líderes da Umbanda e do Candomblé pediram ao Ministério Público Estadual (MPE) providências para combater a discriminação de pessoas que fazem parte das religiões de matrizes africanas. O encontro correu na manhã desta segunda–feira, 21, com a promotoria da educação. O objetivo do encontro foi pedir ações para garantir a liberdade de crença e combate à intolerância religiosa. A audiência acontece no Dia Internacional da Luta contra a discriminação racial.
Para o babalorixá, Juraci de Erimatéia, o Ministério Público precisa implantar ações para combater as práticas de discriminação que são recorrentes em todo o país. “A principal reivindicação é a partir de algumas casas de candomblé que estão sendo invadidas pela polícia e estamos tendo os cultos interrompidos e instrumentos sagrados sendo apreendidos. Essa prática fere a Constituição Federal e o Estatuto da Igualdade Racial. A gente pede as autoridades um ajuste de conduta”, protesta.
Os representantes alegam também serem discriminados em escolas e em unidades de saúde. O promotor de justiça da educação Luiz Fausto Valois disse que irá colher as denúncias, acionar os órgãos responsáveis para audiências e levantar as denúncias. “O Ministério Público teve a ideia de criar o projeto “Racismo Conhecer para Enfrentar” e hoje marcamos essa audiência pública para tratar dessas situações. Os cultos religiosos estão sendo interrompidos, seus líderes religiosos sendo levados presos e esquecem da liberdade religiosa. Não está havendo respeito à liturgia e aos instrumentos indumentárias da religião das matrizes africanas. Vamos receber as reivindicações. Já vimos que tem demanda e vamos marcar audiências individualizadas e tratar cada um dos temas mencionados”, garante.
Por Eliene Andrade