No limite: professores e alunos tomam as ruas

Alunos realizaram manifestação (Fotos: Portal Infonet)

Na manhã desta quarta-feira, 14, alunos da Escola Estadual Professora Ofenísia S. Freire percorreram as principais ruas do conjunto Augusto Franco em protesto pelo que eles alegam ser um descaso com o ensino público. A principal reivindicação dos estudantes e professores é pela falta de uma forma na escola.

A situação é grave, diz o professor Gicelmo Albuquerque, que aponta o desabamento de parte do teto de uma sala de aula. “No último sábado estávamos na escola e o forro da sala do sétimo ano desabou. Lá tá uma fartura, falta tudo [sic]. Em 2012 tivemos três audiências com o secretário da educação, mas nada foi resolvido”.

A escola que funciona com o ensino fundamental e médio possui cerca de 700 estudantes matriculados que também são prejudicados pela falta de professores. “Faltam professores de química, física e outras disciplinas. O descaso é tão grande que somente na semana passada é que foi iniciada às aulas de português, redação e literatura”, frisa Gicelmo.

Reforma do prédio é a principal reivindicação

Prejuízo principalmente para os alunos do ensino médio que estão voltados para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “As aulas foram iniciadas e ainda faltam muitos professores em diversas disciplinas como física que é uma disciplina importante. Infelizmente não temos condição de concorrer uma vaga, com igualdade, com um aluno que estuda em uma escola particular”, lamenta o estudante Jamisson dos Santos que reclama da qualidade da merenda. “A alimentação aqui é broa e biscoito. A qualidade da merenda é péssima”.

O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintese), Francisco José, lembra que faltam funcionários também na área administrativa. “A escola não tem merendeira e auxiliares suficientes. O problema maior além da falta de professores é a reforma da escola que foi realizada há 20 anos”.

Jamisson diz que os estudantes do ensino médio estão prejudicados

Larissa lembra que os alunos não têm condições de concorrer com igualdade a uma vaga na universidade

A representante da União dos Estudantes Secundaristas do Estado de Sergipe (Uses), Larissa Alves, diz que acompanha a reivindicação dos alunos e destaca que eles estão no limite. “Os alunos principalmente do ensino médio estão estressados com a falta de professores. Eles não têm condições de disputar uma vaga em uma universidade com outros estudantes que estão em sala de aula vendo todo o conteúdo regular”, lembra.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (Seed) encaminhou nota sobre a situação. “A Secretaria de Estado da Educação já concluiu o projeto de reforma do Colégio Estadual Ofenísia Freire e vai enviá-lo para a Cehop fazer a licitação. O projeto está orçado em 600 mil reais. A Seed já entregou 85 escolas reformadas e ampliadas, está com 40 sendo reformadas e tem 30 projetos de reforma sendo executados para serem licitados. Os investimentos chegam a cerca de R$ 90 milhões”, esclarece a nota na íntegra.

Por Kátia Susanna     

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