Pais opinam sobre reajuste de escolas particulares

Erick concorda com reajuste, desde que não seja abusivo (Fotos: Portal Infonet)

O fim do ano se aproxima e as escolas particulares iniciam a fase de reajuste das mensalidades. De acordo com a Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado de Sergipe (Fenen/SE), cada estabelecimento tem a liberdade de calcular a porcentagem de aumento, de acordo com a legislação vigente. Apesar de alguns pais ainda não terem sido comunicados sobre o aumento, eles já aguardam a mudança e opinam sobre o assunto.

O enfermeiro Geilson Valença é contra o reajuste anual, mas deixa claro que se ocorrer o aumento, este deve ser compatível com a inflação e com o valor do reajuste salarial. “Nós nunca somos simpáticos ao reajuste, mas caso venha, que seja para melhorias”, comenta, acrescentando que a mensalidade escolar pesa muito no orçamento.

Mensalidade X Orçamento

Erick Andrade é funcionário público e diz que é necessário fazer sacrifícios para manter a filha em escola particular. Sobre o reajuste, ele acha que é necessário. “Falam que o aumento é para a manutenção da escola e para suprir questões de carga horária dos profissionais. Desde que não seja um valor abusivo, eu concordo”, opina.

Geilson não concorda com reajuste anual

Já o corretor de seguros Fábio Luca teme que o valor da mensalidade. Ele comenta que o reajuste geralmente é em torno de 10%, e manifesta que como a escola pública não tem qualidade, a opção é manter a filha em estabelecimento particular. “A mensalidade compromete não só meu orçamento, como também de muitos pais. Gostaria que fosse mais barato e que tivesse um ‘teto’”, afirma.

Federação

Segundo o presidente da Fenen, José Joaquim Macedo, diferentemente de alguns anos atrás, quando o governo era responsável por estipular o valor do reajuste, cada estabelecimento deve visualizar suas despesas e também a questão da inflação. Nesse momento de mudança de mensalidade, o papel da Federação é o de orientar as escolas com relação à montagem da planilha, para assegurar a legalidade da prática do reajuste.

Por Monique Garcez