Pais se preparam para o reajuste da mensalidade escolar

A administradora Angela Goes, mãe de Guilherme, 11 anos, conta que desembolsou durante este ano a quantia de R$ 455 por mês, valor da mensalidade da escola de seu filho, sem contar com aulas de inglês, aula de teatro e esporte.

“A partir do próximo ano a mensalidade aumenta para R$ 500, quando ele cursará o 7º ano do ensino fundamental. Lembro que o valor da mensalidade do meu filho mais velho era menor, mesmo quando ele já cursava o ensino médio na escola mais cara da cidade. Hoje, que ele está na faculdade, o valor da mensalidade também é inferior à do meu caçula”, conta Angela.

Segundo o presidente da Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado de Sergipe (Fenen), Joaquim Macedo, o reajuste anual nas escolas já não é surpresa. De acordo com ele, cada instituição é responsável pelo aumento em suas mensalidades tendo em vista suas próprias necessidades.

“Cada escola elabora sua planilha de acordo com suas necessidades. Pagamento de funcionário, investimentos em melhoria do ensino, instalação de um laboratório de informática ou uma sala de multimídia, por exemplo. Tudo isso justifica o reajuste e a Fenan não tem controle sobre isso”, afirma Macedo.

“Melhor qualidade de ensino e melhor conforto para o aluno”

O diretor de uma escola particular de ensino médio, Jairton Guimarães, o ‘Cobrinha’, explica que o reajuste adotado pela escola para o ano letivo de 2010 corresponde a 9% em relação a 2009. Ele credita o aumento, principalmente, à folha de pagamento da escola. Com o reajuste, a mensalidade do 1º e do 2º ano, que é R$ 560 em 2009, subirá para R$ 610 no ano que vem.

“Nosso reajuste vem a suprir, basicamente, a folha de pagamento dos nossos professores. Isso porque acreditamos que, quando valorizamos o professor, valorizamos o ensino e nossos alunos. Além disso, estamos realizando alguns investimentos como a construção de uma nova ala e modernização em toda a escola, com novos equipamentos de som, data-show e computadores”, destaca Cobrinha.

Ele declara, ainda, que não costuma receber reclamações dos pais sobre o aumento. “Quando porventura algum pai questiona, nós explicamos o porquê do reajuste e ele entende. A escola tem essa filosofia: a melhor qualidade de ensino e o melhor conforto para aluno, e isso reflete sim em reajustes anuais”, conta o diretor.