Alegando falta de interlocução com o Governo de Sergipe, os professores da rede estadual iniciam nesta segunda-feira, 26, uma paralisação de dois dias da categoria. O movimento segue até esta terça-feira, 27.
A ação é organizada pelo Sindicato dos Professores (Sintese) em protesto contra o que considera ausência de diálogo da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em relação às suas demandas.
De acordo com o Sintese, desde janeiro de 2024 foram enviados 29 ofícios ao governador Fábio Mitidieri (PSD) e ao secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral (PSB), com o objetivo de discutir pautas de reivindicação dos professores. No entanto, o sindicato alega que não obteve resposta ou agendamento de reuniões para tratar dos temas apresentados, levando à decisão de realizar a paralisação.
Atividades programadas durante a paralisação
Durante os dois dias de paralisação, os professores realizarão diversas atividades em Aracaju e no interior do estado. Na manhã desta segunda-feira, 26, foi programado um ato com panfletagem nos terminais de integração de Aracaju e região metropolitana, que começou às 6h da manhã.
As ações ocorrerão ao longo de hoje nos terminais DIA, Mercado, Maracaju e Marcos Freire 2. Além disso, haverá intervenções e atos nas principais cidades do interior.
Na terça-feira, 27, o Sintese programou um ato em frente ao Sergipe Previdência, localizado na Praça General Valadão, em Aracaju, a partir das 8h.
O que diz a Seduc
Em nota, a pasta da Educação afirmou que, lamenta, mais uma vez, o posicionamento do Sintese ao seguir com mais uma paralisação na rede estadual. “Sempre aberta ao diálogo desde o início de 2023, a gestão da Seduc já enviou um novo ofício em resposta às pautas de reivindicação do sindicado”, diz inicialmente.
Ainda de acordo com a Secretaria, no ano de 2024 já foram realizados mais de quatro encontros para tratar sobre pautas da categoria. “Assim, a Seduc abre mais espaço para um diálogo construtivo em torno de propostas viáveis, condicionado à não realização de ações extremas que possam levar à paralisação das aulas com consequentes danos aos estudantes, aos professores e ao período letivo. A partir de 16 de setembro de 2024, a Seduc realizará reuniões internas para tratar especificamente do concurso público e da elaboração de um novo normativo para a Gratificação de Tempo Integral (Gati). O sindicato, mais uma vez, está convidado a participar desses encontros, trazendo suas sugestões e propostas”, informa.
A Seduc ressalta ainda que, independentemente da realização do movimento, a Rede Estadual de Educação seguirá com todas as escolas abertas, em funcionamento e com aulas normais, respeitando estudantes, pais, equipes e comunidades escolares. “As gestões escolares, professores, merendeiras, vigilantes e os estudantes monitores garantirão o acolhimento, a alimentação escolar, o transporte e a segurança de todos os alunos da rede estadual na capital e em todos os municípios, para não causar transtornos aos estudantes”, destacou a Seduc.
por João Paulo Schneider
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