Patrimônio escolar é tema de seminário da rede estadual

Evento ocorreu no auditório da Biblioteca Epifânio Dórea (Foto: SEED)

O auditório da Biblioteca Pública Epifânio Dórea, em Aracaju, esteve de portas abertas nesta quarta-feira, 28, para receber os professores participantes do Seminário Educação Patrimonial Escolar, rodada de palestras que promoveu uma reflexão sobre a importância da arquitetura e organização do espaço escolar para a melhoria do desempenho intelectual e social dos alunos.

Uma realização da Secretaria de Estado da Educação, por meio do Serviço de Educação em Direitos Humano, do Departamento de Educação (SEDH/Seed), o evento dá início ao segundo módulo do curso de formação continuada Territórios da Educação Patrimonial em Sergipe, idealizado de forma intersetorial pela Divisão de Tecnologia de Ensino (Dite), pelo Núcleo de Educação da Diversidade e Cidadania (Nedic) e pelo Núcleo de Prevenção à Violência (NPV).

Aberto com uma apresentação musical de estudantes do Colégio Estadual Leonor Teles, o seminário objetivou estimular a reflexão dos professores cursistas sobre o patrimônio escolar, que é um dos três eixos de discussão do curso. A ênfase no Patrimônio Histórico e Cultural e a reflexão sobre Patrimônios Ambientais de Sergipe são os outros eixos de discussão.

Com duas mesas-redondas seguidas de debates, a programação do evento trouxe para os cursistas uma palestra sobre educação e patrimônio, ministrada pelo professor Gabriel Franco, e outra sobre história e patrimônio escolar, sob os cuidados da professora Josevanda Mendonça Franco, que é também diretora do SEDH/Seed.

Arquiteto e professor no curso de Arquitetura e Urbanismo e Designer de Interiores na Universidade Tiradentes, Gabriel Mendonça Franco discutiu com o público questões ligadas à arquitetura escolar e sua importância para o processo ensino-aprendizagem.

De acordo com Gabriel, o espaço arquitetônico da escola é condicionante para o estudante, e por este motivo ele pode e deve ser utilizado como ferramenta auxiliar no processo ensino-aprendizagem.

“Buscamos um novo modelo de arquitetura escolar que possa enfrentar as mudanças sociais e culturais da nossa sociedade, pois atualmente ainda replicamos o passado. A arquitetura deve estimular uma formação integral e versátil, fazendo com que o aluno se sinta parte da escola”, destacou Gabriel.

Segundo módulo

Discutir diálogos e perspectivas na construção do sentimento de identidade e pertencimento da escola como um bem de todos foi o que propôs a palestra da professora Josevanda Franco, ao abordar no seminário temas de história e patrimônio escolar.

Na sequência, a professora e técnica pedagógica do NEDIC/DED/Seed, Cristiane Barreto, apresentou aos professores cursistas o roteiro de visitas orientadas que farão parte das atividades do 2º módulo do curso de formação continuada Territórios da Educação Patrimonial em Sergipe.

De acordo com Cristiane Barreto, serão realizadas visitas acompanhadas ao Museu da Gente Sergipana, à Área de Preservação Ambiental (APA Litoral Sul), à Comunidade Indígena Xokó, ao Refúgio da Vida Silvestre, à Reserva Biológica Santa Isabel e à Comunidade Quilombola Brejão dos Negros.

Segundo a diretora do SEDH, professora Josevanda Mendonça Franco, o 2º módulo culminará com a apresentação de projetos didáticos implementados pelos professores cursistas e seus alunos, e o 3º e último módulo será encerrado com o V Encontro de Educação Patrimonial em Sergipe, que será realizado no dia 7 de dezembro, na cidade de São Cristóvão.

"Tal dinâmica de ensino-aprendizagem oportuniza aos professores cursistas, a partir de seus conhecimentos, a elaboração de projetos com ações desejadas e percebidas pela comunidade escolar, buscando, sobretudo, valorizar os patrimônios locais", ressaltou a professora Josevanda Franco.

Ela enfatizou ainda que a importância desse segundo módulo recai sobre "os cuidados e o zelo pelo patrimônio público escolar como um direito humano adquirido e construído coletivamente".

São parceiras desta ação a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/SE).

Fonte: SEED