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(Foto: Divulgação) |
No dia 7 de dezembro de 1941 aviões japoneses atacaram a base naval de Pearl Harbor, localizada no Hawaii. A agressão nipônica forçou os Estados Unidos a entrarem na guerra. Isso mudou os rumos do conflito, curou a depressão na terra do Tio Sam e assegurou ao país a cátedra de potência n.1 do planeta.
A disputa pelas ilhas do Pacífico não era uma novidade nos anos 1930 e 1940. Os Estados Unidos controlavam as Filipinas e várias ilhas no Oceano Pacífico, por isso a necessidade de manter uma força militar na região. Em meio à guerra que se desenrolava desde setembro de 1939, eles seguiam a Lei de Neutralidade que proibia a participação direta do país no conflito.
Porém depois do ataque surpresa a Pearl Harbor não houve o que ponderar. No dia 8 de dezembro de 1941 o Congresso Americano declarou guerra ao Japão. Três dias depois a Alemanha e a Itália também recebiam a declaração de guerra norte-americana.
Hitler desdenhou do comunicado. Considerando as vitórias nazistas até aquele momento, o chanceler não via razões para preocupação. Já o almirante Yamamoto, o estrategista naval mais importante do Japão, admitiu que seu país pudesse crescer por mais um ano, mas que depois de Pearl Harbor os recursos energéticos e as fábricas norte-americanas se voltariam para a liquidação dos inimigos. Yamamoto estava correto.
Os Estados Unidos exigiam nada menos que a submissão absoluta dos seus adversários. Somente a rendição incondicional seria aceita. Nesse sentido o país se transformou, voltando-se para o esforço de guerra. Ao contrário dos aproximadamente 15 milhões de desempregados em 1933, em meio à participação no conflito, quase não se via americanos sem trabalho. Cada um deveria fazer sua parte, alistando-se, cultivando o campo para produzir alimentos ou movimento as esteiras das fábricas. A produção em massa estava voltada para a guerra. Durante a Segunda Guerra os Estados Unidos provaram que não eram apenas a economia n.1 do mundo, mas que eram detentores da mais eficiente máquina de guerra do globo. Nesse sentido era o país com maior capacidade para gerar destruição, também em massa.
O fim da Segunda Guerra Mundial assinalava que os Estados Unidos eram a nação mais poderosa do planeta. Essa posição seria defendida ao longo do século XX, chamado por Sean Prudy de “o século americano”. Recentemente as crises econômicas, o vazamento de documentos sigilosos e escândalos envolvendo militares em missões no oriente médio abalaram o poderio norte-americano no mundo. Não obstante a isso, durante o segundo debate da campanha eleitoral, em 16 de outubro de 2012, o presidente Barack Obama respondeu a uma pergunta sobre o ataque ao consulado americano em Benghazi, na Líbia, que terminou com a morte de quatro americanos, inclusive o embaixador Christopher Stevens, declarando “nós vamos descobrir quem fez isso e nós vamos caçá-los”, pois segundo Obama “quando as pessoas mexem com os americanos, nós vamos atrás deles”.
A experiência da política externa norte-americana nas últimas décadas mostrou que qualquer ameaça, aos cidadãos e à posição ocupada pelo país no mundo, pode ser encarada como o prenúncio de uma caçada internacional de proporções catastróficas.
Andreza Maynard é Doutoranda em História UNESP/Bolsista CAPES/ Integrante do GET/UFS/CNPq. E-mail: andreza@getempo.org. O artigo integra as colaborações à coluna do GET.
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