Polícia é acionada para barrar professores em escola

Professores dizem que não há tumulto (Foto: Portal Infonet)

Professores da Escola Estadual Francisco Portugal e direção do Sintese denunciam que a direção da escola estava tentando impedir o trabalho dos professores com a alegação de estarem realizando “tumulto” na unidade escolar. Segundo eles, a própria direção da escola chamou a polícia na tentativa de impedir o acesso dos professores à unidade de ensino.

A comunidade escolar já realizou diversos protestos contra o fechamento de turmas do ensino fundamental e alteração de alguns horários da grade.

De acordo com a vice-presidente do Sintese, Ivonete Cruz, durante uma conversa com o secretário de educação, Jorge Carvalho, ficou colocado de que se houvesse um número significativo de alunos matriculados na escola nos turnos manhã e tarde, seria garantida as vagas nesses períodos.

“A partir daí, os pais que quiserem manter seus alunos aqui, devem começar um processo de pré-matrícula. O que os professores estão fazendo aqui é uma pré-matrícula, ou seja, elas anotam o nome dos alunos, o nome do pai para apresentar ao secretário que existe uma quantidade de alunos para a abertura das turmas. A partir desse momento que as professoras vieram para a escola fazer esse trabalho de mobilização e diálogo com os pais, o diretor da escola avisa a polícia que está tendo tumulto e que quer que a polícia tire os professores de dentro da escola. Não há tumulto para que a polícia bote os professores pra fora”, afirma.

Após serem acionados, policiais da 2ª Companhia do 1º Batalhão estiveram na escola e conversou com os professores e a secretária da escola. Depois de ouvir os dois lados, o cabo Flávio deixou o colégio, pois segundo ele, não havia sido constatado tumulto no local. “Essa é uma questão administrativa e não caso de polícia. Não houve tumulto, mas uma falta de comunicação que gerou um certo desconforto entre os componentes da escola e por isso vamos embora”, afirma.

O diretor da escola não foi encontrado no local. A equipe do Portal Infonet tentou ouvir a secretária da escola, mas a mesma se recusou a falar com a reportagem. Continuamos à disposição pelo 079 2106-8000 ou jornalismo@infonet.com.br.

SEED

A assessoria de comunicação da SEED entrou em contato com o Portal Infonet para esclarecer que o processo de matrículas estão sendo realizado normalmente na escola, sendo que no turno da manhã, haverá a oferta de matrículas para alunos do 1º ao 5º ano, e duas turmas de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) para os alunos especiais. Já no turno da tarde, serão ofertadas matrículas para alunos do 6º ao 9º ano. informou ainda que vai ocorrer uma redução da oferta de novas vagas para o 3º, 4º e 5º anos, cuja procura está em crescimento na escola.

Quanto ao fato ocorrido nesta quarta-feira, 26, a assessoria informou ainda que está havendo uma precipitação sindical e um acirramento pessoal do Sintese com a direção da escola, sendo que o fato de acionar a polícia não foi realizada pela direção da escola.

Sintese

O Sintese encaminhou nota sobre o episódio. Segue abaixo:

“O SINTESE gostaria de esclarecer que a participação do sindicato no processo de fechamento de turmas e mudanças de turnos e turmas da Escola Estadual Francisco Portugal não se trata de precipitação sindical, muito menos de um acirramento pessoal do SINTESE com o diretor da escola. Todas as vezes que fomos à citada escola foi a convite dos professores e
pais para participar de reuniões em que estava sendo discutidas questões importantes que mexem com a vida da comunidade escolar. Logo, estamos apenas cumprindo o papel como entidade sindical legalmente eleita pela categoria. Quanto ao episódio de hoje, afirmamos que a polícia esteve na escola chamada pela direção da escola e que a secretária da escola, estava com boletim de ocorrência nas mãos e solicitava aos policiais que retirassem as professoras de dentro da escola. Esperamos que a Secretaria de Estado da Educação intervenha para que esse conflito seja resolvido e que os pais tenham a garantia de matricular seus filhos no turno que desejarem como sempre o fizeram na Escola Estadual Francisco Portugal”, Ivonete Cruz, vice-presidenta do SINTESE.

*A matéria foi alterada às 13h04 para acréscimo da informação da SEED 

Por Aisla Vasconcelos

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