Populares protestam contra possível fechamento da UFS

Grupo também teme que universidade seja privatizada (Fotos: Portal Infonet) Christian: "Filho do pobre não terá mais acesso ao nível superior"

Populares preocupados com o corte de verbas na Universidade Federal de Sergipe (UFS) e possível fechamento da instituição protestaram no fim da tarde deste sábado, 19, no Calçadão da Praia Formosa, localizado no bairro Treze de Julho. O grupo também teme que a entidade seja privatizada.

“Percebemos que esses cortes de verbas já vêm acontecendo ao longo dos anos, só que esse foi pior porque é de 45%. O reitor está tentando manter a verba para administrar o que precisa. Em entrevistas que ele deu, disse que dois senadores garantiram as verbas até o fim do ano, mas não há nada concreto nisso”, disse o capelão escolar Christian Almeida, um dos organizadores.

O capelão também demonstra temor sobre a manutenção da UFS a partir do próximo ano. “Como fica 2018? E os projetos e pesquisas?”, e faz menção a um projeto arqueológico que está sendo desenvolvido no Egito, comandado por um professor e cientista da universidade sergipana. "A gente tem que defender a nossa universidade, que é de alto gabarito", diz.

Privatização

De acordo com Christian Almeida, a tendência é que, caso haja o fechamento da UFS, ela seja posteriormente privatizada. “E aí o filho do pobre não terá mais acesso ao nível superior e nem à pós-graduação”, prevê.

UFS

No dia 11 de agosto, o pró-reitor de Planejamento da UFS Rosalvo Ferreira Santos apresentou dados garantindo que a universidade não será afetada pelos cortes e descartou a possibilidade de interrupção das atividades.

Segundo destacou, o orçamento para 2017 foi fixado em R$ 670 milhões e, desses, já haviam liberados cerca de 75% até o mês de julho. “Há risco de contingenciamento, mas o MEC garantiu ao reitor que liberaria 100% dos recursos para custeio”, afirmou o pró-reitor em entrevista ao Portal Infonet.

Por Jéssica França