Professores concursados questionam contratação a Seed

Belivaldo Chagas recebeu Sintese e Movimento dos Professores Aprovados em Concurso Público (Fotos: Portal Infonet)

Professores e representantes sindicais se reuniram na tarde desta quarta-feira, 14, na Secretaria de Estado da Educação (Seed) para audiência com o secretário Belivaldo Chagas. A reunião discutiu a situação dos professores aprovados em concurso público em julho deste ano, que reivindicam a efetiva chamada pela Seed. O Movimento dos Professores Aprovados aponta discrepâncias entre os números de contratações, vagas e professores lotados, e questiona o secretário sobre as irregularidades.

“Queremos saber por que esta diferença. A Seed fala um número, a Seplag [Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão] fala outro, e nós não sabemos o que está acontecendo de fato. Como é que pode, um concurso com 1700 vagas no edital apresentar 2314 chamados em setembro?”, interroga Iolanda Amaro, representante dos professores.

Ainda segundo Iolanda, o prazo para chamada é outro ponto de discussão. “Se um professor pediu tempo, por que o candidato subsequente não pode ser chamado? Eu sei que a lei diz que o prazo é um direito, mas a escola não pode ficar esperando”, alega a representante.

A representante dos professores questiona também a renovação dos contratos. “Este é um ponto nevrálgico do debate, por que professores de um local estão sendo mandados para outro município. Este remanejamento faz com que o professor de uma matéria dê aula de outra sem nenhuma formação acadêmica. E isso prejudica diretamente os alunos. Para o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], por exemplo, há alunos que fizeram a prova sem nenhuma aula de preparação”, diz.

"Não estamos atrasados. Concurso é válido por dois anos", afirma Belivaldo

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), Ângela Melo, afirma a existência de uma reestruturação da rede estadual de ensino concomitantemente à lotação dos professores.

“Além de querer que a secretaria agilize a questão das lotações, nós queremos que os professores em desvio de função voltem para a sala de aula. A rede tem necessidade de professores, mas há muitos professores que deveriam dar aula e não estão. Não abrimos mão disso, lugar de professor é na escola”, defende Ângela.

Para o secretário Belivaldo Chagas, a Seed não está atrasada em relação ao processo de convocação. “Nós fizemos um concurso para 1700 vagas, e mais da metade desse pessoal já está lotada. Claro que existe um quantitativo que pediu para que esperássemos um pouco mais, afinal de contas iso está na lei. Mas isso é coisa de fácil de solucionar”, explica.

Belivaldo relata ainda o esforço da secretaria para adiantar as contratações. “Os professores devem passar pela perícia médica antes de serem convocados, e não há condições de simplesmente avaliar 50 ou 100 professores por dia. Além disso, dentro dos remanejamentos estamos tirando os professores que estavam nas secretarias das escolas e colocando em sala de aula. Nosso objetivo é suprir as necessidades, mas temos um grande universo de escolas, e isso demanda tempo”, conclui o secretário.

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