Os professores da rede estadual de ensino permanecem em greve e em vigília na Assembleia Legislativa de Sergipe. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Sergipe (Sintese) ainda não recebeu a notificação do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) sobre a ilegalidade do movimento grevista.
“Não fomos notificados, a greve permanece e a vigília também até que o Governo retire esses projetos de pauta. O Governo insiste em dizer que há má interpretação de leitura, mas está bem claro que o triênio será retirado dos professores. A nossa questão é que esse projeto tem três pontos que são muito danosos: o triênio, a redução da jornada e as gratificações que a nosso ver para ser discutido precisa de tempo, por isso nosso debate aqui não passa por uma emenda ou não, mas passa por tirar os projetos de pauta”, afirma professora Ivonete Cruz, presidente do Sintese.
Os professores continuam mobilizados dentro e fora da Alese. Panfletagem e mobilizações estão sendo feitas por professores e estudantes em alguns pontos da capital.
Emendas
O líder do governo na Alese, deputado Zezinho Sobral (Podemos) informa que o Governo do Estado enviou emendas, mas ainda não foram lidas. “Os dois projetos não estão na pauta de votação, as emendas chegaram, mas ainda não foram lidas. Elas serão lidas e anexadas aos projetos antes de ir para as comissões, e os deputados também podem apresentar emendas”, explica.
Zezinho diz que acha difícil retirar os projetos do magistério da Casa Legislativa. “ Nossa função é apreciar todos os projetos que chegam a essa Casa, e acredito que com o dos professores não será diferente”, diz. O presidente da Casa, Luciano Bispo (MDB), também reiterou que “só quem pode retirar os projetos da Casa Legislativa é o poder executivo, que foi quem os enviou”, enfatiza.
O deputado Iran Barbosa (PT) entende que o Governo deveria retirar os projetos de pauta e em outro momento sentar com o Sintese e debater esses projetos. “Esses projetos retiram direitos do magistério. É extremamente prejudicial a categoria e prejudicial para a própria administração porque com a retirada de direitos, os professores não vão querer, por exemplo, dirigir as escolas, e quem vai assumir essa função? O magistério precisa ser valorizado e não penalizado”, ressalta.
Iran conta que tem conversado com deputados para que votem contra essas matérias. “Estamos conversando e explicando os prejuízos desses projetos. O magistério confia nesse parlamento e espera que os deputados não aprovem os projetos”, diz.
Por Karla Pinheiro
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