Professores da rede estadual voltam às aulas

Professores chegam ao fim da greve (Foto: Portal Infonet)

Os professores da rede estadual de ensino retornarão às salas de aulas nesta sexta-feira, 17, após 25 dias de paralisação. A decisão foi tomada em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese). Os professores demonstraram interesse em permanecer de braços cruzados, mas optaram pelo retorno ao trabalho  depois que a presidente do Sintese, Ângela Melo, foi notificada sobre decisão do Poder Judiciário pela ilegalidade do movimento grevista.

A notificação chegou ao Sintese exatamente às 8h15 desta quinta-feira, 16, e, às 9h, os professores se concentraram no Instituto Histórico e Geográfico para analisar a decisão judicial e deliberar novos encaminhamentos. “Os professores entenderam que os recursos do Sindicato devem servir à luta do magistério”, informou a professora Ângela Melo, presidente do Sintese.

Em caso de desobediência à determinação judicial, o Sintese seria penalizado com multa diária no valor de R$ 10 mil. O fim da paralisação evita a pena pecuniária. “Mas a luta continua”, informa a sindicalista.

Mobilização

Apesar da opção pelo retorno às salas de aulas, os professores permanecerão mobilizados. Nesta sexta-feira, 17, a categoria trabalhará de luto, todos vestidos de preto. A partir da próxima segunda-feira, 20, os professores ministrarão aulas vestidos com a camiseta vermelha, símbolo da greve e do repúdio ao Governo e aos deputados estaduais que votaram a favor do projeto enviado pelo Executivo que estabelece parcelamento do reajuste salarial.

A categoria também optou pelo estado de assembleia geral permanente e em todo dia 9 de cada mês realizará um ato público contra o Governo, com a responsabilidade do Sintese de promover inserções nos meios de comunicação. As inserções e o perfil dos atos que serão desencadeados a partir de 9 de julho serão analisados e definidos pela diretoria do Sintese, conforme esclarece a presidente do sindicato.

Os professores pretendem, também, realizar mobilizações regionais sempre aos sábados, nos municípios de maior porte, a exemplo de Lagarto, Itabaiana, Estância, Propriá, Neópolis e Nossa Senhora da Glória. As datas destas mobilizações também serão definidas posteriormente.

Após a assembleia geral, os professores seguiram em passeata e fizeram uma pequena concentração na Assembleia Legislativa, ratificando o protesto à reação dos deputados governistas, que condenaram a manifestação da categoria realizada na terça-feira, 14, quando os professores ‘queimaram’ os parlamentares em uma grande fogueira acesa na Praça Fausto Cardoso, em frente ao Poder Legislativo Estadual.

Por Cássia Santana

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