Professores da rede municipal continuarão paralisados

Professores durante assembleia nesta quinta-feira (Foto: Ascom/Sindipema)

Os professores da rede municipal de Aracaju decidiram em assembleia nesta quinta-feira, 8, dar continuidade a paralisação que já vinham realizando desde o início da semana. Eles apontam como motivo da mobilização as más condições das escolas, que vão desde a ausência de funcionários da limpeza, merendeiras [por motivos de greve das categorias] e por entender que o efetivo de professores atual não atende a demanda das escolas de toda capital. Na pauta de paralisação os professores incluíram ainda a falta de pagamento dos salários dos ativos e aposentados.

De acordo com o Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), a gestão municipal não abriu diálogo com a categoria. Por esses e outros motivos, os professores já definiram próximos atos, alguns deles unificados a outras categorias.

Já nesta sexta-feira, 9, durante todo o dia, os professores estarão distribuindo informes à comunidade escolar explicando os motivos da paralisação nas unidades quais atuam. Na segunda-feira, 12, às 8h30, está marcado ato unificado com o Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados, em frente à sede da Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz).

Semed

Em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), o assessor de comunicação da pasta, Pedro Rocha, se pronunciou quanto às reinvindicações dos professores. Ele classificou a greve como “ato político” e criticou a postura dos professores. “É evidente que hoje todas as secretarias estão passando por dificuldades financeiras, é preciso um pouco de paciência. O que não é certo é paralisar as aulas a qualquer hora. Isso é um movimento de greve político”, bradou.

O assessor de comunicação respondeu também quanto ao déficit de professores na rede municipal. “Hoje nós temos falta de alguns em locais pontuais, mas por diversos motivos. No período eleitoral não podemos fazer concursos, mas recentemente chamamos 80 substitutos. Mas sempre tem alguns que se afastam, outros vão atuar em outros municípios. E é claro que isso vai acabar diminuindo a quantidade de professores”, concluiu.

Por Ícaro Novaes e Raquel Almeida