Professores de Aracaju cobram aumento do piso salarial

Professores concordam com o Sindicato na cobrança pelo aumento do piso (Fotos: Portal Infonet) 

Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, 11, os professores da rede municipal de ensino de Aracaju se reuniram para discutir o aumento do piso salarial. Além disso, a categoria reforçou o discurso contrário aos programas de ensino que estão sendo implantados pelo governo municipal.

O piso salarial dos professores foi reajustado pelo Ministério da Educação em 13,01% e passou a ter o valor de R$ 1.917,78. A medida ainda não entrou em vigor na capital sergipana. De acordo com o presidente do Sindicato dos profissionais de ensino do município de Aracaju (Sindipema), Adelmo Meneses, é preciso que o aumento seja garantido o mais rápido possível.

“Conversaremos na Câmara dos Vereadores para colocar a importância do aumento do piso salarial e da garantia desse piso, que é uma lei. A gente quer que haja força o mais rápido possível para encaminhar o projeto de lei e esse piso aumente”, falou o presidente do sindicato. “A gente acredita que a Prefeitura se sensibilize e pague de imediato o nosso piso”, completou. Os professores estarão na Câmara dos dias 23 a 27 de fevereiro para debater a questão.

Adelmo Meneses fala em adoção imediata do novo piso 

Outro ponto a ser discutido na assembleia foi a adoção de programas de ensino pela Prefeitura, que são considerados insatisfatórios pelos professores, no caso o Positivo e o Alfa e Beto.

Sete professores já se recusaram a utilizar os novos programas e sofreram processos judiciários em decorrência disso. Maria Elba da Silva Rosa é um desses professores. Ela explica os motivos pela não adoção dos programas. “O método não tem qualificação. O livro de português do 1º ano, por exemplo, deixa muito a desejar”, falou.

Além disso, Elba declara que o método desqualifica o professor. “É um programa que transforma o professor em um simples monitor, nega toda a competência e não leva em consideração a capacidade do professor”, disse. “Sempre trabalhei obedecendo a lei, mas me recuso a transformar em uma monitora e dar aos meus alunos um programa que não leva em consideração todas as necessidades deles”, completou.

A professora Elba está sendo processada por não utilizar o Alfa e Beto 

Semed

O diretor de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Denisson Ventura, havia explicado anteriormente ao Portal Infonet, que não há imposição, e sim, um trabalho em rede, que possui um sistema. De acordo com ele, o município de Aracaju tinha turmas do 2º ano do ensino fundamental, onde 82% dos alunos eram analfabetos, quadro que foi revertido um ano e meio após a adoção do sistema Alfa e Beto.

Ainda de acordo com ele, houve um convite para trabalhar em rede, e a indicação do material. Ele garante que o sistema não tira autonomia do professores, já que há um material norteador e em anexo o professor tem liberdade para fazer o projeto pedagógico, que pode ser individual.

Em relação ao pagamento do piso, a assessoria de comunicação da Semed informou que quem toma a decisão de aprovar o aumento é a Prefeitura e que a decisão depende da situação financeira do município.

Por Helena Sader e Verlane Estácio

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