Professores de municípios reclamam de corte nos salários

Professores durante ocupação na prefeitura de Campo do Brito (Foto: Sintese/Arquivo Infonet)

Os professores dos municípios de Pirambu e Campo do Brito estão frustrados com os cortes salariais nos seus contracheques de maio, que representam o corte do ponto dos professores no período em que estiveram em greve. Em Pirambu, por exemplo, de acordo com a professora Jucileide Tavares, a greve foi de 25 de maio até 7 de junho. A principal reclamação da categoria neste município é que a prefeitura, no contracheque de maio, já antecipou o desconto salarial referente ao período de greve dentro do mês de junho.

“Nós estivemos em greve mesmo durante oito dias, porque entre 25 de maio e 7 de junho teve ponto facultativo, feriado, final de semana. Aí ficamos surpresos ao receber o contracheque de maio e ver que os cortes de junho já estavam lá também, ou seja, teve professor que não recebeu nem metade do salário”, reclamou Jucileide, que é coordenadora de comunicação do Sintese na região de Pirambu.

Para Jucileide, a prefeitura também não poderia cortar o salário dos professores porque a categoria tem o dever de repor as aulas até o fim do ano letivo, mas como o corte do ponto já foi efetuado, ela diz que os professores já não são mais obrigados a remarcar as aulas. “Após a greve, já estava previsto um calendário de reposição, mas com o corte da prefeitura, os professores não vão repor as aulas gratuitamente”, afirmou. A professora acrescentou ainda que desde o ano passado, o magistério tem lidado com recorrentes atrasos salariais e a categoria ainda não teria recebido as férias de janeiro.

Em Campo do Brito a situação é semelhante. De acordo com a professora Ivonete Cruz, presidente do Sintese, os professores do município vêm recebendo os salários com atrasos, estão sem reajuste do Piso e também tiveram cortes salariais no mês de maio. “O salário integral dos professores é um direito assim como há o dever da classe dar um mínimo de aulas durante o ano letivo. Nós vamos realizar assembleias e questionar a esses prefeitos se o que eles querem mesmo é que não se reponham essas aulas, porque os professores não vão trabalhar sem receber”, bradou.

Prefeituras

Entramos em contato com o secretário de Comunicação de Pirambu, Chico Freire. De acordo com ele, o corte no contracheque é referente ao período entre 25 a 31 de maio, que corresponde a sete dias. Ele explicou que feriados, ponto facultativo e finais de semana são incluídos nos cortes, como qualquer outra categoria. Quanto ao questionamento dos professores em relação à reposição das aulas, ele falou que se necessário, o ano letivo será estendido, como nos últimos anos, desta forma, até atingir o mínimo de aulas que se exige e os professores receberiam os salários normalmente, conforme trabalhasse.

Sobre os atrasos no salário e a ausência do pagamento das férias, apontados pelos professores, Chico disse que o município vem tendo dificuldade com o pagamento da folha porque o repasse do Fundeb é menor do que a folha salarial dos professores, e que o magistério tem ciência da situação. Referente as férias, o secretário explica que houve acordo e divisão por grupos: os de janeiro, fevereiro, março e abril receberiam as férias em maio, e assim sucessivamente.

Tentamos entrar em contato também com a prefeitura de Campo do Brito, mas não fomos atendidos. Permanecemos a disposição através do telefone 2106-8000 ou por meio do e-mail jornalismo@infonet.com.br.

Por Ícaro Novaes

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