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(Foto: arquivo/Portal Infonet) |
Enquanto os professores da rede estadual fazem greve reivindicando o pagamento do piso nacional para a categoria, professores da rede do município de São Cristóvão se mobilizam no mesmo sentido para garantir o mesmo direito. Durante toda esta quarta-feira, 8, os professores que trabalham na cidade acamparam em frente a sede da prefeitura municipal protestando contra o não pagamento do piso para os magistrados.
Eles querem o reajuste integral de 15,87% para todos os professores, enquanto a Prefeitura de São Cristóvão aceita pagar o valor apenas para os professores com nível médio, o que segundo os professores desvaloriza o professor que tem nível superior.
De acordo com o professor Erineto Vieira, que é diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), a proposta da prefeitura representa um corte de 10% para o professor que tem nível superior.
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(Fotos: Ascom/Sintese) |
“A prefeitura de São Cristóvão apresenta a proposta do piso rebaixando a carreira. Eles dão 15,87 % no nível médio e cortam 10% do nível superior. Por isso hoje nós estamos acampados na porta da prefeitura. No mês passado fizemos uma paralisação de três dias, o problema não é apenas a revisão de salário, os problemas são gravíssimos. A escola em que eu trabalho é um salão de festas improvisado e as salas são separadas por paredes de compensado de madeira e lona preta. Quando houve as chuvas fortes nessa semana, a água encheu toda a sala, a merenda é insuficiente, realmente é um caos”, desabafa Erineto.
Na próxima terça-feira, 14, os professores de São Cristóvão vão até a Câmara de vereadores intenção de ter o apoio dos parlamentares. Já na quarta-feira, 15, uma audiência com no Ministério Público em São Cristóvão às 9h30 acontece uma audiência para discutir a situação. Na quinta-feira, 16, uma nova assembleia será realizada pelos professores para avaliar o movimento.
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Em abril deste ano o Portal Infonet fez uma série de reportagens especiais destacando os problemas do centenário município de São Cristóvão, entre eles a precariedade da educação no município.
Por Bruno Antunes