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Categoria est´=a concentrada em uma tenda no calçadão da rua João Pessoa (Fotos: Portal Infonet) |
Professores das redes estadual e municipal de ensino paralisaram as atividades nesta quarta-feira, 26, em adesão ao movimento nacional convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em Sergipe, os trabalhadores em educação estão concentrados em uma tenda no calçadão da rua João Pessoa, Centro.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), Ângela Melo, explicou que a categoria está lutando para que o Congresso Nacional aprove o Plano Nacional de Educação com 10% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Está acontecendo uma marcha nacional em Brasília, cujo mote é 10 mil por 10%, numa referência à destinação de 10% do PIB para a educação. Além disso, os professores estão em Brasília numa reivindicação pela implantação do Piso Nacional nos estados que ainda não implantaram”, ressalta lembrando que atualmente o Brasil investe apenas 5%.
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Professora Ângela Melo, presidente do Sintese |
Indagada pela reportagem do Portal Infonet de como está a situação do pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) em Sergipe, ela destacou que: “Os municípios de Maruim, Salgado e Neópolis ainda não pagam o Piso; o município de General Maynard paga o Piso de 2009 e Nossa Senhora da Glória, paga o de 2010”.
A presidente do Sintese destacou ainda outras reivindicações dos professores sergipanos. “Nós estamos lutando pela Gestão Democrática; contra a Avaliação do Desempenho baseado no índice Guia; a favor da avaliação do sistema de forma democrática com a participação da Secretaria de Educação, do Sindicato dos Professores e com a comunidade estudantil; contra os pacotes instrucionais [Alfa, Beto, Se Liga e Acelera] e também contra o fechamento da escola que funciona na Casa Maternal Amélia Leite. Nós não admitimos. Lutamos pela abertura de turmas e não pelo encerramento”, entende Ângela Melo.
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O reajuste de 5% para 10% do PIB é apenas uma das reivindicações |
Os professores estão distribuindo panfletos junto à sociedade, mostrando que a categoria paralisou as atividades nesta quarta-feira, 26 com a finalidade de chamar a atenção de todo o povo brasileiro para a importância de se ter no mínimo 10% do Produto Interno Bruto para a Educação Pública no país. Para se ter uma idéia, a meta para o Plano Nacional de Educação é que o valor passe de 5% para 7% até 2020. Os trabalhadores entendem que 7% não vai ajudar em quase nada para que a Educação Pública tenha escolas com qualidade e profissionais valorizados.
Por Aldaci de Souza