
As redes estadual e municipais de ensino de Sergipe — com exceção de Aracaju — paralisaram as atividades nesta quinta-feira, 30, para participar de um ato público em defesa do serviço público e dos direitos dos trabalhadores da educação. A mobilização acontece em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), em Aracaju.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), a principal pauta do ato é a reforma administrativa que tramita no Congresso Nacional. A categoria avalia que, caso seja aprovada, a proposta poderá promover o desmonte do serviço público em todas as esferas — federal, estadual e municipal —, comprometendo o acesso da população a políticas públicas e extinguindo direitos de servidores, como estabilidade, carreira e concursos públicos.

Além da pauta nacional, o movimento também reúne reivindicações específicas das redes municipais, como o reajuste do piso salarial do magistério, o combate ao assédio moral e à sobrecarga de trabalho docente.
Segundo o Sintese, professores têm enfrentado pressões das secretarias de educação para atingir altas notas em avaliações externas, como o Saeb, o Caed e o Saese, o que tem provocado adoecimento físico e emocional na categoria.
Durante o ato, o presidente do Sintese, Roberto Silva, convocou os educadores a se unirem em defesa dos direitos da categoria.
“Hoje é dia de paralisação das redes estadual e municipais. Já estamos em frente à Assembleia Legislativa para o nosso ato contra a reforma administrativa, em defesa do serviço público, do piso salarial, do Fundeb e das políticas públicas para o povo brasileiro. Vamos todos construir esse bonito ato”, afirmou.
por João Paulo Schneider
